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“Há provas do estupro”, diz advogado de Mariana Ferrer

Julio Cesar da Fonseca afirmou que o processo tem "falhas" e "problemas"

Paulo Moura - 05/11/2020 13h58 | atualizado em 05/11/2020 14h00

Mariana Ferrer Foto: Reprodução

O advogado que assumiu a defesa da influenciadora Mariana Ferrer, Julio Cesar da Fonseca, afirmou que existem “provas acachapantes” da prática de estupro para incriminar o empresário André de Camargo Aranha, absolvido pelo juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, após o magistrado entender que não havia provas suficientes do cometimento do crime.

O caso ganhou grande repercussão na terça-feira (3) após trechos de uma audiência serem divulgados pelo site The Intercept. Neles, o advogado de Aranha, Cláudio Gastão da Rosa Filho, mostra fotos de Mariana e as classifica como “ginecológicas”. O comportamento do advogado de Aranha provocou manifestações da OAB, do CNJ e até do ministro do STF, Gilmar Mendes.

Ao portal Universa, do UOL, o advogado de Mariana afirmou que o processo tem “falhas” e “problemas”. Por isso, o defensor pede a anulação da sentença em uma apelação —espécie de recurso— ingressada há cerca de um mês no TJ-SC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina).

– [Minha apelação] mostra falhas no processo e a existência de provas acachapantes [indiscutíveis] contra o réu. Estamos confiantes na reversão – disse.

Entre as provas, Fonseca afirma que o exame de DNA na roupa íntima dela atesta a presença do material genético de Aranha. Além disso, ele afirma que há um vídeo que mostra a influencer em uma escada acompanhada pelo acusado em direção a um camarim restrito da casa. A gravação mostra ela saindo após seis minutos, seguida do empresário.

Outro ponto que comprovaria a prática do crime, segundo o advogado, é o exame de corpo de delito que atestou a relação sexual e o rompimento do hímen. Segundo Fonseca, há ainda o depoimento de um motorista de aplicativo que levou Mariana para casa “em estado transtornado, desconsertada”.

Julio Fonseca também criticou o parecer do promotor Thiago Carriço de Oliveira por conta da mudança no posicionamento. O defensor lembrou que, inicialmente, o MP havia se manifestado pelo cometimento do crime, porém, com a mudança de promotores, o posicionamento foi justamente o inverso, pela absolvição de André Aranha.

– Pergunta para o promotor por que nas alegações finais ele confirma que foi ‘fulano de tal’, que houve conjunção carnal e que a vítima estava vulnerável, mas, no meio do caminho, mudou de ideia e se manifestou pela absolvição? Nunca vi isso: você confirma a autoria, a materialidade [que o crime aconteceu] e depois absolve. Isso é brincadeira – concluiu.

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