Monique Mello - 08/12/2021 15h07 | atualizado em 08/12/2021 16h26

Um novo “embate” nas redes sociais entre os jornalistas Guga Chacra e Rodrigo Constantino teve como tema a eleição do presidente Jair Bolsonaro como Personalidade do Ano da revista Time, por voto popular.

Rodrigo Constantino usou a novidade para rebater um tuíte de Chacra no qual este chama o presidente do Brasil de “pária nas democracias do Ocidente”.

Como réplica, o global tentou minimizar a votação, dizendo que, por ser aberta, muitos entusiastas do presidente tiveram a opção de votar. Chacra aproveitou para citar Hitler, que foi escolhido na edição de 1938 da revista.

– Oi, Rodrigo. A votação é aberta, e não restrita a assinantes. Muitos entusiastas de Bolsonaro, como você, puderam votar. Além disso, ser Personalidade do Ano pela Time (Bolsonaro não foi escolhido) pode significar algo negativo. Hitler, Stalin e Khomeini foram escolhidos no passado – escreveu Chacra.

Constantino, por sua vez, disse que não votou, mas que, nos anos anteriores, as escolhas foram feitas dos editores, ao passo que Chacra esclareceu que ambas as escolhas – a popular e a de editores da revista – “sempre teve”.

– Não votei, Guga. Mas, em outros anos, foram escolhas dos editores. Conviva com os fatos, por mais que eles machuquem torcedores como você…- escreveu Constantino.

– Não, Rodrigo. Sempre teve a votação do site (para gerar engajamento) e a dos editores. Não é novidade desse ano. E sou torcedor do Palmeiras, não de político, como uns e outros que defendem o Bolsonaro de forma fanática – respondeu Chacra.

De fato, são duas eleições na Time anualmente. O presidente Jair Bolsonaro conquistou o posto de Personalidade do Ano por eleição popular, e a escolha oficial, pelos editores da revista e que estampa a capa, será revelada em 13 de dezembro.

A tradição do veículo de escolher a Personalidade do Ano começou em 1927. A revista sempre procurou enfatizar que o título não se trata necessariamente de uma honra. Nas palavras da Time, “os editores são chamados a escolher a pessoa ou evento que teve um maior impacto nas notícias do ano, para o bem ou para o mal”.

Com isso, personalidades controversas, como Josef Stalin e Adolph Hitler já foram eleitos. Já a votação popular começou em 1998.

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