Rafael Ramos - 29/08/2019 11h40

O Grupo Silvio Santos foi apontado em uma das mensagens vazadas pelo portal The Intercept Brasil. De acordo com os áudios, o operador financeiro Adir Assad revelou que lavou milhões de reais para empresa do dono do SBT através de contratos fraudados de patrocínio esportivo.

As afirmações de Assad foram anexadas ao seu acordo de colaboração premiada firmado com membros da Operação Lava Jato. Alguns de seus contatos eram o sobrinho e irmão de Silvio, Daniel e Henrique Abravanel, e Guilherme Stoliar, atual presidente do Grupo Silvio Santos.

Adir firmou contratos superfaturados de patrocínio entre suas empresas e pilotos da Fórmula Indy e da categoria Indy Lights. Segundo o delator, o SBT tinha necessidade de fazer um caixa paralelo, mas não sabe dizer com qual finalidade.

Estima-se que foram movimentados cerca de R$ 10 milhões na época. Os pilotos patrocinados apenas cediam espaços de publicidade e não sabiam das irregularidades nas transações. Helio Castroneves e Tony Kanaan são alguns dos pilotos mencionados no depoimento.

Já em meados dos anos 2000, o operador de financeiro fez contratos de imagem e de patrocínio na Fórmula Truck. Uma pequena parte dos valores contratados era repassado aos esportistas e o restante do dinheiro era devolvido ao SBT.

A Liderança Capitalização, empresa responsável pela Tele Sena, pagou ao menos R$ 19 milhões para a Rock Star, uma das empresas de Adir Assad, de 2006 a 2011. Samir Assad, irmão de Adir, também virou delator do caso e confirmou a história.

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