Pleno.News - 23/08/2020 16h48 | atualizado em 23/08/2020 16h53

A vendedora Ana Júlia da Silva Lopes, de 34 anos, pode conhecer sua filha recém-nascida só 18 dias depois do nascimento e após passar pela Covid-19. Isso porque a paciente precisou passar por um parto de emergência às 31 semanas de gestação.

Ela descobriu que estava com Covid-19 ainda grávida e então foi encaminhada para o Hospital de Base de São José do Rio Preto, em São Paulo.

O esposo, o analista de sistemas Thiago Henrique Moraes Lopes, de 33 anos, contou mais detalhes.

– Foram dias bem difíceis, visto que durante três dias consecutivos o quadro da minha esposa se agravou gradativamente, até ser transferida para a UTI – lembra Thiago.

Com medo da piora da paciente, a equipe médica optou pelo parto prematuro caso Ana Júlia tivesse que ser colocada em coma.

– Mas no mesmo dia da transferência dela para a UTI, a equipe médica, após análise dos exames, optou por realizar a interrupção da gestação, visto ser o melhor momento tanto para minha esposa quanto para minha filha, baseados nos resultados dos exames, para evitar o possível agravamento do caso das duas – contou Thiago.

Após o parto, no dia 23 de julho, a recuperação da mãe foi rápida e ela teve alta dois dias depois. No entanto, Ana teve de ir para casa sem a filha, que permaneceu internada na UTI neonatal do HCM (Hospital da Criança e Maternidade), no mesmo complexo hospitalar.

Os pais pegaram a filha no colo pela primeira vez no Dia dos Pais, 9 de agosto.

– Foi um sentimento único. Realmente, não consigo descrever tamanha felicidade no nosso primeiro encontro, eu diria mágico. Graças a Deus a evolução da minha filha foi além das expectativas, e ela teve alta na última sexta-feira – completa o pai.

*Folhapress

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