Governo quer aumentar multa de petroleiros por greve
TST determinou que a paralisação era ilegal, mas categoria prosseguiu mesmo assim
Henrique Gimenes - 30/05/2018 17h33
Contrariando decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os petroleiros entraram em greve nesta quarta-feira (30). A manifestação deverá durar 72 horas e causará a paralisação de refinarias, plataformas, terminais e fábricas de lubrificantes.
A Justiça havia estipulado uma multa diária de R$ 500 mil caso a proibição fosse descumprida, mas o governo resolveu recorrer para aumentar o valor para R$ 5 milhões por dia. A informação foi dada pela Advogada-Geral da União, Grace Mendonça. Ela afirmou ainda que o governo não irá negociar com os grevistas, mas sim a Petrobras.
Em sua decisão de proibir a greve, a ministra Maria de Assis Calsing, do TST, afirmou que “paralisação neste momento “beira o oportunismo”. Ela também explicou que “a greve anunciada revela uma categoria forte e combatente, mas, no momento, despojada de toda e qualquer sensibilidade. É potencialmente grave o dano que eventual greve da categoria dos petroleiros irá causar à população brasileira, por resultar na continuidade dos efeitos danosos causados com a paralisação dos caminhoneiros”.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve pretende conseguir a redução dos preços de gás de cozinha e dos combustíveis. Os petroleiros também pediram a saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras.
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