Paulo Moura - 16/04/2020 08h14

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues anunciou em coletiva realizada na quarta-feira (15), que não há limites na verba do benefício pago às camadas sociais mais afetadas pela pandemia de coronavírus. Segundo ele, caso seja necessário, o governo aumentará o orçamento de R$ 98,2 bilhões do programa.

– Caso haja demanda além dos R$ 98,2 bilhões, o governo federal analisará e, atendendo a diretriz de cobertura dos mais vulneráveis e da manutenção do emprego, [a demanda] será atendida. Isso vai gerar um aumento das despesas primárias, mas a diretriz do governo é direta – disse.

Os valores calculados pelo governo foram feitos com base na projeção de que 54 milhões de brasileiros receberão o benefício de R$ 600 pelos próximos três meses. Porém, o Ministério da Cidadania já informou que cerca de 71 milhões de pessoas se enquadram nas condições para receber o benefício.

Um eventual aumento no orçamento do auxílio vai requerer a edição de créditos extraordinários, que precisam ser votados pelo Congresso. Apesar de aumentarem o déficit do governo, esses créditos não violam o teto de gastos por serem gastos emergenciais, que podem ser concedidos fora do limite de despesas federais.

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