Governo de Alagoas financiou MST com dinheiro público
Documentos enviados para a CPI do MST comprovam os pagamentos
Pleno.News - 12/08/2023 20h51 | atualizado em 14/08/2023 12h45

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (CPI do MST) teve acesso a documentos que comprovam os pagamentos feitos pelo governo de Alagoas para o MST.
Dinheiro público custeou transporte, alimentação e toda a estrutura de eventos realizados pelo movimento social, incluindo aluguel de tendas, equipamentos de som, banheiros químicos, montagem e desmontagem da infraestrutura e outros gastos.
O financiamento foi feito por intermédio do Instituto de Terras e Reforma Agrária (Iteral) de Alagoas, autarquia do governo do estado vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri).
Os pagamentos foram feitos entre os anos de 2017 e 2020, sendo a maior parte dos repasses feitos em 2018.
Os documentos obtidos pela CPI mostram que o Iteral pagou a uma única empresa de transportes o valor de R$ 5.596.057,22 entre os anos de 2015 e 2023. O contrato foi feito sem licitação, assim como as demais contratações feitas pelo governo para o MST.
Em 2018, o Iteral pagou R$ 19,9 mil para comprar lonas destinadas a manifestantes que estavam acampados na Praça dos Martírios, em Maceió, capital do estado. Outros R$ 8,3 foram destinados para a compra de cestas básicas para manifestantes que acamparam na Usina Laginha e Usina Guaxuma.
Entre os anos de 2015 e 2022, Alagoas era governada por Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros e atual ministro dos Transportes. O político renunciou ao cargo em abril de 2022 para se candidatar ao Senado.
Leia também1 Ministra de Lula defende volta da cota para filmes nacionais
2 Porta dos Fundos volta a zombar de Deus em especial de Natal
3 SP: Família Matsunaga tem casa assaltada em bairro nobre
4 PL pede cassação de Sâmia no Conselho de Ética
5 "Foi pela misericórdia de Deus, não foi pelo poder", diz Michelle Bolsonaro