Gilmar Mendes teria recebido flores de Jacob Barata Filho
Procuradores acharam recibo nos e-mails do empresário. PGR já pediu suspeição do ministro do STF
Henrique Gimenes - 29/08/2017 21h11
A força-tarefa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro enviou, nesta terça-feira (29), um ofício em que reforça o pedido de suspeição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, nos casos envolvendo o empresários de transportes do estado, Jacob Barata Filho. O documento foi remetido ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Segundo os procuradores, Gilmar seria próximo de Barata Filho. Eles pedem a suspeição do ministro em relação a decisões sobre Lélis Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor).
Junto ao pedido, foi anexada cópia de um recibo de flores que Barata Filho teria enviado ao ministro Gilmar Mendes e sua esposa, Guiomar Mendes. O valor total gasto no serviço foi de R$ 200,10. O recibo foi encontrado na análise e-mails do empresário. Os procuradores informaram que o endereço no recibo seria o mesmo que encontrado no celular do empresário como sendo da esposa do ministro Gilmar. As flores foram enviadas em 23 de novembro de 2015.
No dia 17 de agosto, Gilmar Mendes resolver conceder liberdade para Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira. Na noite do mesmo dia, o juiz federal Marcelo Breta, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, expediu outro mandado de prisão para dupla. Em 18 de agosto, então, o ministro resolveu conceder um segundo pedido de liberdade ao empresário e ao ex-presidente da Fetranspor. No dia 21, Janot pediu ao STF que impeça o ministro Gilmar Mendes de atuar no caso.