Henrique Gimenes - 11/05/2018 21h09

Nesta sexta-feira (11), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu soltar o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza. Ele é apontado como operador financeiro do PSDB e estava preso desde abril por suspeita de desvios em obras no estado de São Paulo.

Paulo Vieira, conhecido como Paulo Preto, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema público e peculato. Ele teria desviado cerca de R$ 7,7 milhões de obras públicas entre 2009 e 2011. A Dersa é a empresa paulista de infraestrutura rodoviária.

Em sua decisão para soltar o suposto operador, Gilmar Mendes destacou que a prisão de Paulo Preto foi pedida pelo MPF “para garantia da instrução criminal, em razão de supostas ameaças à integridade física da também acusada Mércia Ferreira Gomes”.

O ministro considerou não ter mais sentido manter a prisão preventiva já que as denúncias era antigas. “As três ameaças teriam ocorrido nos anos de 2015 e 2016 e a prisão preventiva foi decretada em abril de 2018. De acordo com os fundamentos da prisão preventiva, a atualidade do interesse em ameaçar decorria da nova denúncia, baseada em depoimentos prestados pela corré ao Ministério Público, até então sem o conhecimento do paciente”.

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