Gilmar Mendes solta suposto operador do PSDB outra vez
Paulo Vieira de Souza é suspeito de ter desviado cerca de R$ 7,7 milhões
Henrique Gimenes - 30/05/2018 21h54
Nesta quarta-feira (30), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade mais uma vez ao ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, apontado como operador financeiro do PSDB. Ele havia sido preso mais cedo por decisão da juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
O ministro determinou ainda que a filha de Paulo Vieira, Tatiana Arana Cremonini, também fosse solta.
Em sua decisão, Gilmar Mendes afirma que “no caso concreto, está patente que o novo decreto de prisão revela inconformismo com a ordem de habeas corpus anteriormente deferida por este tribunal. Na decisão que deferiu a medida liminar”.
Paulo Vieira havia sido preso após o Ministério Público informar que ele oferecia risco às investigações por supostamente ameaçar testemunhas. O ministro, no entanto, considerou que “não há fatos concretos a justificar o novo decreto cautelar. A restrição da liberdade de um indivíduo não pode sofrer restrições amparada em hipóteses ou conjecturas”.
Paulo Vieira, conhecido como Paulo Preto, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema público e peculato. Ele teria desviado cerca de R$ 7,7 milhões de obras públicas entre 2009 e 2011. O operador ficou preso entre os dias 6 de abril e 11 de maio. A Dersa é a empresa paulista de infraestrutura rodoviária.
Na primeira vez que soltou Paulo Preto, Gilmar Mendes lembrou que a prisão havia sido pedida pelo MPF “para garantia da instrução criminal, em razão de supostas ameaças à integridade física da também acusada Mércia Ferreira Gomes”, mas que não havia mais sentido mantê-la já que as denúncias eram antigas.
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