Garcia sobre Jacarezinho: ‘Estão apoiando bandido e contra a lei’
Jornalista defendeu operação policial em que suspeitos foram mortos
Gabriela Doria - 07/05/2021 22h36 | atualizado em 07/05/2021 22h38
O jornalista Alexandre Garcia fez críticas contundes àqueles que estão repudiando a operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro na favela do Jacarezinho, nesta quinta-feira (6), que terminou com 27 suspeitos e um policial civil mortos. As declarações foram feitas no quadro Liberdade de Opinião, da CNN Brasil.
– Não sei qual é o objetivo de inverter as coisas nesse país. Estão apoiando a corrupção, a bandidagem, o traficante. E contra a lei, contra a polícia, contra a justiça. Não sei se há algum plano, algum objetivo de destruir o país – apontou.
Ainda segundo ele, a operação policial foi legítima e não houve danos colaterais com inocentes mortos.
– Não houve dano colateral, foram mortas aquelas pessoas que escravizam a população, que estavam usando menores, sequestrando trens, usando menores para entregar as drogas para aqueles que sustentam o crime. […] Eu não padeço de bandidolatria. Foi um confronto. A operação foi exitosa, não teve danos colaterais. Segundo a polícia, nenhum dos homens estava desarmado. A polícia se defendeu, ela foi recebida à bala – argumentou o jornalista.
.@alexandregarcia comenta a operação do Jacarezinho: “não sei qual é o objetivo de inverter as coisas nesse país. Estão apoiando a corrupção, a bandidagem, o traficante. E contra a lei,contra a polícia,contra a justiça. Não sei se há algum plano,algum objetivo de destruir o país" pic.twitter.com/QJkUvmFtwL
— Carlos Jordy (@carlosjordy) May 7, 2021
Alexandre ainda lembrou da liminar do Supremo Tribunal Federal, do ano passado, que impedia operações policiais de rotina em comunidades devido à pandemia.
– [São] territórios liberados, santuários do crime, em que as leis nacionais não entram, as leis que lá vigoram são as leis do crime. Construíram, graças ao tempo dado por uma liminar do ministro [Edson] Fachin, desde junho do ano passado, defesas dessa ‘cidadela’, construíram casas-mata, bloqueios de concreto – que os carros blindados da polícia não conseguem entrar -, e foi de uma seteira dessas casa-matas é que foi morto o policial André [Frias] – declarou.
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