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Filho de Flordelis passa a andar de carro blindado após ameaças

Misael e a esposa desconfiavam de uma trama armada para matar Anderson do Carmo

Rafael Ramos - 13/09/2020 16h26

Misael e Luana se sentiram ameaçados por Flordelis Foto: Reprodução

Temendo pela própria vida após incriminar a mãe adotiva Flordelis pelo assassinato de Anderson do Carmo, o vereador Wagner de Andrade Pimenta, também conhecido como Misael, passou a andar de carro blindado. Mãe e filho romperam relações em junho do ano passado.

Misael é a segunda testemunha que vem a público dizer que está sendo intimidado em meio às investigações. Na madrugada de 4 de setembro, uma mulher denunciou um ataque a bomba jogada na porta da sua casa.

No dia 27 de junho de 2019, às 11h20, Flordelis enviou uma mensagem usando o celular da filha Simone dos Santos, presa desde o dia 24 de agosto deste ano por suspeita de envolvimento na morte do pastor.

– Luana. Aqui é a Flordelis. Tem como você me responder? – escreveu Flordelis.

A mensagem foi respondida por Misael, que informou sua saída do Ministério Flordelis. A parlamentar enviou 11 mensagens seguidas num intervalo de 30 minutos, que foram respondidas por Luana ao meio-dia.

– Só não temos mais condições psicológicas para continuar. Ele (Misael) vai conversar com a senhora. Não exija agora. Vai doer mais.

Após essa resposta, surgiram mensagens que pareciam uma ameaça.

– Querem continuar fugindo? Só se viajarem para fora do Brasil. Caso contrário eu vou encontrar Misael junto com os irmãos dele. Não vamos aceitar e nem esperarmos [sic] mais. Chegaaaaa, vocês já foram longe demais.

No dia 12 de julho, às 14h54, houve uma nova tentativa uma reaproximação. Depois, eles só voltaram a se falar na noite de 11 de setembro de 2019 quando Luana disse que eles só falaram do que sabiam à polícia.

Em nota, a defesa de Flordelis contestou a versão de Misael e Luana, que dizem terem se sentido ameaçados. Em depoimento à Polícia Civil, o casal relatou ter desconfiado de uma trama armada pela pastora para matar Anderson meses antes do crime.

Na noite do crime, outra filha de Flordelis, Marzy Teixeira da Silva, estava na casa de Misael e Luana quando trocou mensagens com a parlamentar.

– A Flor mandou uma mensagem. A polícia entendeu que era um código. Ela então mandou outra mensagem para o Flávio. Quando chegamos no hospital, o pastor já estava morto. Dez minutos depois, a Flor chegou. Parece que foi um carimbo. Ela falava: “Fala que o meu marido tá vivo!”. Falei para o Misael: “A sua mãe tá mentindo”. Ele concordou. O Misael sabe quando ela chora de verdade. Não era o caso. Ela não consegue chorar com dor pelo marido – disse Luana.

De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, o delegado Allan Duarte, a equipe ainda está “reunindo dados técnicos que estão sendo organizados de forma lógica e cronológica”. Duarte acredita que, assim que a etapa for terminada, eles irão “ouvir testemunhas para esclarecer o que ocorreu”.

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