Mayara Macedo - 19/08/2019 13h57 | atualizado em 19/08/2019 13h59

Representantes da Associação das Famílias Vítimas do Voo da Chapecoense, Fabienne Belle e Mara Paiva, vão se reunir com o presidente Jair Bolsonaro na próxima terça-feira (20). As famílias ainda aguardam um acordo de indenização pelo acidente que aconteceu em 2016.

As representantes esperam receber algum tipo de ajuda no sentido diplomático na briga judicial. A associação alega que algumas questões da seguradora Aon para o voo LaMia 2933 são inaceitáveis.

Entre as cláusulas que geram revolta está uma que exime a companhia aérea de responsabilidade em caso de acidente em território colombiano, mesmo a LaMia voando para a Colômbia constantemente. Uma outra, aprova o voo sem parada para abastecer.

O senador Jorge Kajuru foi o responsável por intermediar o encontro. O senadores Romário, Leila Barros e o o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad, também estarão presentes.

– Precisamos envolver o governo na causa e tratarmos deste tema diretamente com o presidente Bolsonaro. A última esperança das famílias que perderam seus entes queridos é o governo brasileiro. Elas precisam de ajuda e tenho certeza que o presidente vai entender – disse Romário.

Os representantes da seguradora Aon fecharam acordo com 23 famílias. A elas foram pagos 225 mil dólares (R$ 910,62 mil) em condição de auxílio. Em troca, as famílias não entraram com ações contra seguradoras e outras autoridades regulatórias.

O ACIDENTE
O avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, caiu em 29 de novembro de 2016. Na tragédia, 71 pessoas morreram e 6 ficaram feridas. O relatório final das investigações apontaram que o acidente foi causado por falta de combustível. A empresa LaMia fez gestão de risco inadequada.

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