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Fala de Lula sobre Israel é mais um vexame diplomático

Em quatro meses de governo, petista coleciona constrangimentos internacionais

Marcos Melo - 26/04/2023 19h08 | atualizado em 26/04/2023 20h44

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EFE/Andre Borges

Nesta quarta-feira (26), a StandWithUs Brasil e o Instituto Brasil-Israel, que atuam em prol do esclarecimento sobre o Estado de Israel e no combate ao antissemitismo, criticaram a declaração do presidente Lula (PT) sobre a criação de Israel, durante visita à Espanha. O chefe do Executivo brasileiro teve a infelicidade diplomática de fazer a descabida colocação justamente no dia em que se comemora a Independência de Israel.

Na ocasião, Lula criticou frontalmente a Organização das Nações Unidas (ONU), voltou a relativizar a responsabilidade acerca da guerra na Ucrânia, mesmo após ter condenado a “violação” do território ucraniano. O petista disse que a ONU criou o Estado de Israel, mas não conseguiu criar o Estado palestino.

– A ONU era tão forte que, em 1948, conseguiu criar o Estado de Israel. Em 2023, não consegue criar o Estado palestino – declarou.

O Instituto Brasil-Israel emitiu um comunicado lamentando “a imprecisão dos fatos descritos”, que pode ocasionar uma “incompreensão sobre o conflito entre Israel e Palestina. É um tema complexo e o caminho para a paz exige, também, profundo conhecimento da situação”.

LEIA NOTA DE ESCLARECIMENTO DA STANDWITHUS BRASIL
Ao contrário do que disse o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, Israel não foi criado pela Organização das Nações Unidas. Em 1947, o que a Partilha da ONU preconizou foi a criação de dois países, um para judeus e outro para árabes. Os judeus aceitaram, os árabes, não. O Estado de Israel foi fundado depois de uma guerra empreendida pelos exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque contra os judeus.

Quanto a um Estado para palestinos, tampouco a ONU ou outros organismos internacionais têm o papel de criá-lo atualmente, a não ser que os próprios palestinos e israelenses venham a selar a paz de forma independente – o que, infelizmente torna-se difícil, especialmente diante da divisão entre as próprias principais lideranças palestinas, entre o Fatah, partido do presidente Mahmoud Abbas, e o Hamas, grupo terrorista que controla ditatorialmente a Faixa de Gaza.

Hoje Israel comemora Yom HaAtzmaut, o Dia da Independência de um país de apenas 75 anos, e é vital preservar a memória e os fatos, para que a história seja contada de forma justa.

 

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