Fachin e Moraes votam a favor de prisão após 2ª instância
Placar está em 2 a 1 para manutenção da prisão
Gabriela Doria - 23/10/2019 16h30 | atualizado em 23/10/2019 19h53
O Supremo Tribunal Federal retomou na manhã desta quarta-feira (23) o julgamento da constitucionalidade da prisão de condenados em segunda instância. O placar até o momento está em 2 a 1 a favor da possibilidade de executar a pena antes de esgotados todos os recursos.
Relator das ações sobre o tema, o ministro Marco Aurélio votou contra a prisão após segunda instância, defendendo a constitucionalidade do artigo 283 do Código de Processo Penal, segundo o qual ninguém pode ser preso exceto em flagrante ou se houver “sentença condenatória transitada em julgado”.
Esse entendimento pode beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde abril de 2018.
Depois do relator, os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin divergiram dele e consideraram que a prisão após condenação de segundo grau não desrespeita o princípio constitucional da presunção da inocência. Faltam oito votos.
A sessão teve início com as sustentações orais de dois “amici curiae” (amigos da corte, em latim), daAdvocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República.
Tanto o procurador-geral, Augusto Aras, como o advogado-geral da União, André Mendonça, se manifestaram favoráveis à execução da pena após a segunda instância.
*Folhapress
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