Fachin autoriza inquérito sobre pagamentos ao MDB
Segundo delação de ex-executivo da JBS, empresa teria destinado R$ 46 milhões ao partido a pedido do PT
Henrique Gimenes - 16/05/2018 21h50 | atualizado em 16/05/2018 21h51

Nesta quarta-feira (16), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que seja aberto um inquérito para apurar se houve pagamento de propina do Grupo J&F a políticos do MDB. A investigação tem como base o acordo de delação premiada de Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais da JBS, e de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
Em seu acordo, Saud afirmou que foi realizado pagamentos de cerca de R$ 46 milhões para senadores do MDB. O pedido teria sido feito pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O dinheiro foi repassado por meio de doações oficiais, mas, segundo o executivo, teria por intenção conseguir o apoio dos políticos.
Entre os senadores que supostamente teriam sido beneficiados estão Eduardo Braga (MDB-AM), Eunício Oliveira (MDB-CE), Jader Barbalho (MDB-PA), Renan Calheiros (MDB-AL) e Valdir Raupp (MDB-RO), além doo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rego. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) também deverá ser investigado.
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