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Pleno.News - 24/05/2020 21h00 | atualizado em 24/05/2020 21h56

Passageiros usam máscaras em aeroporto brasileiro Foto: EFE/Sebastião Moreira

O presidente Donald Trump assinou neste domingo (24) um documento que proíbe a entrada nos EUA de estrangeiros que tenham estado no Brasil nos últimos 14 dias como mais uma medida para tentar conter o avanço do coronavírus.

Esperava-se o anúncio de uma restrição dos voos com origem no Brasil, o que já tinha sido cogitado publicamente diversas vezes pelo presidente americano, mas até este fim de semana ainda não havia um plano concreto na Casa Branca neste sentido.

O documento deste domingo é mais amplo: engloba todos os estrangeiros que tenham passado pelo território brasileiro nas últimas duas semanas. Há exceções para os portadores de green cards (residência permanente nos EUA) e para os cônjuges de americanos residentes no país.

Um funcionário do alto escalão do governo Trump afirmou que os EUA estão considerando continuamente opções de proteção aos americanos, limitando a transmissão do vírus por meio das viagens, e que, portanto, Brasil e outros países poderiam entrar em algum momento no escopo das restrições.

O governo brasileiro, por sua vez, estava em contato diário com autoridades americanas e sabia que a Casa Branca e o Departamento de Estado monitoravam com preocupação a situação do Brasil, com casos e mortes confirmadas por Covid-19 aumentando em ritmo vertiginoso.

Diplomatas brasileiros afirmam que, depois de os EUA suspenderem voos da China e da Europa, quando estes eram o epicentro da pandemia, esperavam que as restrições ao Brasil chegariam mais cedo ou mais tarde.

Mesmo assim, houve esforços da chancelaria brasileira nas últimas semanas para tentar evitar que a medida fosse implementada a voos do Brasil, justificando que transporte aéreo estava sendo utilizado quase que somente para cargas e repatriação de cidadãos.

Desde março, o governo americano colocou o cenário brasileiro no radar e tem cogitado vetar os voos que chegam do país. Conforme o quadro ia se agravando, as chances da suspensão aumentavam.

Na sexta-feira (22), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a América Latina era o novo epicentro da pandemia, e o Brasil era o país mais preocupante, com 20 mil mortes e 310 mil casos confirmados. Dois dias depois, Trump resolveu anunciar o veto à entrada de quem passou pelo território brasileiro.

A medida que impede a entrada de voos do Brasil nos EUA e similar à que os americanos impuseram à China e a países da Europa desde março. Nestes casos, só americanos ou estrangeiros com residência permanente nos EUA podem entrar no país vindo de nações sob restrição.

Hoje há 13 voos semanais em operação entre Brasil e EUA, com destino à Flórida e ao Texas. As empresas podem continuar operando as rotas, mas os passageiros que se encaixarem na nova medida não poderão entrar nos EUA.

*Folhapress

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