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Estudo diz que 8 capitais não estavam prontas para reabrir

Pesquisa de Oxford apontou que cidades não atenderam os critérios para flexibilização do isolamento

Paulo Moura - 23/06/2020 13h18 | atualizado em 23/06/2020 13h23

Comércio de rua no Rio de Janeiro Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão

Uma pesquisa divulgada pela Universidade de Oxford na segunda-feira (22) apontou que oito capitais brasileiras não estavam prontas para a flexibilização das medidas de isolamento social. De acordo com o estudo, as cidades “não atenderam aos critérios da OMS, embora as políticas de resposta à Covid-19 tenham reduzido a mobilidade”.

São elas as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Goiânia, Manaus e Porto Alegre. Segundo os cientistas, a falta de testes em volume adequado, a ausência de um programa de rastreamento de contato para tentar conter o contágio e a falta de informações sobre como os cidadãos deveriam agir ao apresentarem sintomas foram as principais deficiências encontradas nessas cidades.

O estudo, feito pela Escola de Governo da Universidade de Oxford, tem analisado a forma como 170 países deram respostas à epidemia do coronavírus. A pesquisa fez um levantamento de quais foram as políticas públicas implementadas e com qual grau de rigidez, em cada um dos países.

No caso do Brasil, que se organiza como uma federação, o estudo foi feito com base em dados de unidades subnacionais, os estados e municípios. O país foi o primeiro do tipo a ser analisado pela pesquisa. Uma equipe da Fundação Getúlio Vargas (FGV) levantou as medidas para as unidades federativas brasileiras.

Além da FGV, o estudo também foi feito através de uma pesquisa telefônica entre 6 e 27 de maio, com 1.654 pessoas, para avaliar qual é o entendimento das pessoas a respeito da crise da Covid-19 e o que é preciso fazer. Por fim, também foram levados em consideração os dados de mobilidade com base nos deslocamentos de telefone celular.

– Com os dados que coletamos, as cidades não atingiram os critérios da OMS para que a flexibilização fosse feita de forma segura – disse Beatriz Kira, autora e pesquisadora da Escola de Governo de Oxford.

Além da constatação, o estudo trouxe recomendações sobre políticas públicas a serem adotadas. A primeira é de melhorar as campanhas públicas de informação para que as pessoas que têm sintomas. Outra é de incentivar empresas e empregadores a implementarem mais completamente medidas de distanciamento físico nos locais de trabalho.

O estudo também recomenda prolongar o período do auxílio emergencial além dos 3 meses iniciais, especialmente enquanto locais de trabalho permanecerem fechados.

– É importante considerar que é improvável que a renda dos trabalhadores informais se recuperará rapidamente após a reabertura dos locais de trabalho – conclui o estudo.

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