Estudo aponta 61.619 homicídios no Brasil em 2016
Dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Número de policiais mortos também cresceu
Henrique Gimenes - 30/10/2017 15h52 | atualizado em 30/10/2017 18h33

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou, nesta segunda-feira (30), o Anuário Brasileiro de Segurança Pública do ano de 2016. De acordo com os dados, somente no ano passado foram registradas 61.619 mortes violentas intencionais no país, resultado 3,8% maior que em 2015. Outro dado que apresentou crescimento foi o de homicídio de policiais, com um crescimento de 17,5% em relação ao ano retrasado, chegando a um total de 437.
Os mais de 61 mil homicídios registrados em 2016 representam o maior número já registrado no país. Segundo a pesquisa, o total equivale, “em números, às mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, em 1945, no Japão”. O estado de Sergipe foi o que registrou maior taxa do número de homicídios, com 64 para cada 100 mil habitantes.
Com relação às mortes de policiais (civis e militares), 98,2% eram do sexo masculino e 1,8% do sexo feminino. A pesquisa ainda aponta que 56% deles eram negros e 43% brancos. Outro dado registrado é a faixa etária, sendo a maioria, 32,7%, entre os 40 e 49 anos.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública ainda aponta outros dados que apresentaram crescimento, como o número de ocorrências de estupro registradas no país. Em relação a 2015, houve um aumento de 3,5%, chegando a um total de 49.497 em 2016.
Outro número que sofreu um aumento no ano passado foi o que indica a letalidade das polícias no Brasil. Segundo os dados, 4.224 pessoas form mortas em decorrências de intervenções de policiais Civis e Militares. Na comparação com 2015, o aumento foi de 25,8%.
Por outro lado, a pesquisa mostra que alguns resultados tiveram redução no último ano. O número de armas apreendidas caiu 12,6%, chegando a um total de 112.708. O investimento em políticas públicas de segurança também foi outro que caiu. Foram 81 bilhões gastos pela União, pelos Estados e pelos Municípios em 2016, queda de 2,6% na comparação com 2015.
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