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Pleno.News - 19/04/2021 21h55 | atualizado em 20/04/2021 10h03

Ex-chanceler Ernesto Araújo nega que tenha atuado contra aquisição de vacinas Foto: PR/Alan Santos

Menos de um mês depois de sua saída do Ministério das Relações Exteriores, Ernesto Araújo será um dos primeiros alvos dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid. A CPI vai analisar se a atuação do ex-chanceler atrapalhou a compra de vacinas e de insumos necessários para o combate à pandemia do coronavírus. A convocação dele para prestar depoimento já faz parte do pré-roteiro de trabalhos da CPI.

Assim que a convocação for aprovada, Araújo deverá enfrentar um clima bastante adverso na CPI. Em uma prévia de sua defesa, ele usou suas redes sociais e afirmou que sua atuação à frente do Itamaraty “não foi empecilho para nada”.

– Pelo contrário. Ajudei a implementar a estratégia traçada pelo Ministério da Saúde, que mantém o Brasil – como já em minha gestão – na posição de 5º país que mais vacina no mundo e um dos únicos com previsão de vacinar toda a população ainda em 2021, tal qual os EUA, Israel e Reino Unido – escreveu o diplomata.

O ex-chanceler também afirmou que há uma “falsa narrativa” em curso que visa marginalizar a atuação do Ministério das Relações Exteriores.

– Nunca houve uma crise de vacinas. A política externa que conduzi jamais acarretou problemas à vacinação. O que houve foi a armação de uma falsa narrativa, como parte da tentativa de extinguir a chama transformadora e popular do governo e retirar o MRE desse projeto – escreveu.

Na CPI, Araújo também será cobrado no sentido de explicar se a sua visão ideológica contrária à China emperrou as negociações para o fornecimento de vacinas e de insumos para o Brasil. Ele afirmou que, ainda em sua gestão, já havia acordos com a China para o enviou de insumos.

– A China já havia liberado a exportação de novos lotes de insumo da AstraZeneca ao Brasil durante minha gestão. Segundo informado pela Fiocruz em 25/3, o primeiro desses carregamentos chegou no próprio dia 25 e os demais chegariam na semana seguinte, para um total de 23 milhões de doses. Autoridade chinesa informou, em 26/3, que o Brasil era, naquele momento, líder entre 50 países que recebem vacinas e insumos de vacinas produzidos na China. (Já após minha saída do MRE noticiou-se que a China atrasaria o fornecimento de insumos ao Butantã) – publicou nas suas redes.

*Estadão

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