Empresário Eike Batista tem R$ 1,6 bilhão bloqueados
Montante deverá ressarcir danos morais e materiais por crimes
Camille Dornelles - 08/08/2019 14h24 | atualizado em 08/08/2019 14h47
O empresário Eike Batista foi preso pela segunda vez nesta quinta-feira (8), durante fase da Operação Lava Jato. O mandado de prisão foi pedido pelo Ministério Público Federal (MPF) e autorizado pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Ele também determinou o bloqueio de R$ 1,6 bilhão em bens.
Os itens estão nos nomes de Eike e de seus filhos Thor e Olin. Do montante bloqueado, metade será destinada a pagamentos de danos morais e a outra metade por danos materiais. O empresário e os herdeiros ficam impossibilitados de utilizar o montante.
Thor Batista já havia tido outros R$ 778 milhões bloqueados. Dessa vez como parte de um processo movido por Bernardo Bicalho, administrador judicial da MMX, a mineradora criada por Eike.
PRISÃO DE EIKE
Batizada de Segredo de Midas, a operação procura provas de manipulação do mercado de ações e de lavagem de dinheiro. A ação tem como base a delação do banqueiro Eduardo Plass.
Eike já cumpria prisão domiciliar há dois anos e meio na residência onde morava, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele já possui uma condenação a 30 anos de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro também determinada pelo juiz Bretas.
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