Em fase terminal, Asa Branca diz: ‘Pagando a dor que causei’
Ex-locutor vê maus tratos a animais como razão de sua doença
Gabriela Doria - 05/10/2019 16h45

Considerado o maior locutor de rodeios do Brasil, Waldemar Ruy dos Santos, o Asa Branca, hoje nada se assemelha ao homem que descia de helicóptero nas arenas de todo o país. Enfrentando um câncer terminal na boca e na garganta, Asa Branca atribui seu sofrimento a sua conivência com os maus tratos dos animais nos eventos que narrava.
– Estou pagando toda a dor que causei e incentivei os outros a causar nos bichos dos rodeios – disse o ex-locutor à revista Veja.
Desenganado por médicos, Asa Branca segue sob cuidados paliativos. Ele é mantido sob uma forte dose de coquetéis analgésicos, ministrados a ele a cada quatro horas. Com a proximidade do fim da vida, Asa Branca reflete sobre sua trajetória.
– Dos rodeios grandes aos pequenos, a festa era de alegria para o público, mas de dor e sofrimento para os bichos. Eu via tudo isso na época, mas não me importava – destacou.

Com o pouco tempo que lhe resta, Asa Branca ganhou a atenção de ativistas da causa animal, entre eles Luísa Mell.
– Acho louvável ter uma referência de dentro do rodeio que reconhece como essa indústria é cruel – disse Luísa.
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