Janones entra na disputa em SP e empreende ataques a Marçal
Parlamentar pode reforçar estratégia de campanha de Guilherme Boulos contra o empresário
Marcos Melo - 26/08/2024 14h39 | atualizado em 26/08/2024 16h08

O deputado federal André Janones (Avante-MG), com intuito de atemorizar o candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), ameaçou se envolver na briga eleitoral da capital paulista. A ideia do parlamentar é neutralizar as investidas midiáticas do empresário.
Janones nutre estreito relacionamento com Guilherme Boulos (PSOL), que aparece nas pesquisas empatado tecnicamente com Marçal e com Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da cidade.
– Caso o assaltante de bancos Pablo Marçal (também conhecido como Pablinho PCC) vá para o segundo turno, eu me disponho a fazer um movimento de rede semelhante ao que fizemos para eleger o presidente Lula. Posso contar com vocês como soldados em mais essa empreitada? Sim ou não? – disse Janones em seu perfil na rede social X.
Ensaiando ter comprado, mesmo, a briga de Boulos, empenhando desde já sua artilharia contra Marçal nas redes sociais, Janones disparou:
– Uma dúvida: eu digo que o principal apoiador do Boulos manteve relação sexual com sua esposa [de Marçal] e que é por isso você odeia tanto ele, aí você me processa por difamação, a Justiça então me manda apagar as postagens onde eu faço essa afirmação (de que o “M” é de Manso e não de Marçal), eu desobedeço e tenho minhas contas suspensas. Neste exemplo absolutamente hipotético, eu estaria sendo censurado pelo sistema?
Em outro post, Janones disse:
– Isso aqui é só um exemplo pra verem como é muito fácil derrubar esse cara: é só jogar o jogo dele. Quando a gente se une, não tem pra ninguém. A gente sabe fazer qualquer jogo melhor do que eles, porque eles são burros e não sabem pensar como nós. Se [a] gente deixar a soberba de lado e não ter (sic) vergonha de ser POVO, não tem pra pablito PCC nem pra p**** de extremista nenhum! – disse confiante.
André Janones teve sua trajetória política marcada recentemente por uma acusação de praticar “rachadinha”, com áudios de assessores comprovando a prática, mas que acabou arquivada pelo Conselho de Ética da Câmara, decisão que contou com a atuação de Guilherme Boulos, relator do processo.
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