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Rodrigo Garcia tem patrimônio maior que o declarado ao TSE

Governador de São Paulo não apresentou bens de sua empresa na declaração feita à Justiça Eleitoral

Paulo Moura - 24/08/2022 14h14 | atualizado em 24/08/2022 14h33

Rodrigo Garcia Foto: Governo do Estado de São Paulo

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio menor do que aquele que realmente possui. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo nesta quarta-feira (24) e aponta que imóveis registrados em nome da Centroeste Agropecuária, que é de Rodrigo, não foram apresentados na declaração de bens.

De acordo com o veículo, a empresa possui fazendas de criação de gado nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, além de casas de alto padrão no interior de São Paulo. No entanto, a declaração de Garcia indicou um patrimônio de R$ 5,7 milhões e, entre os bens, incluiu R$ 2 milhões em cotas da empresa Centroeste, que possui bens superiores a essa quantia.

Apesar de não ser ilegal, a não inclusão de bens na declaração apresentada à Justiça Eleitoral dificulta a transparência sobre o patrimônio do candidato e o controle correto por parte dos eleitores. De acordo com corretores consultados pela Folha, os imóveis em nome da empresa de Garcia, por exemplo, podem valer dez vezes mais do que o valor declarado ao Judiciário.

A documentação da empresa indica que a Centroeste possui três fazendas que ficam em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Paranaíba e Inocência, e uma outra localizada em Serranópolis, em Goiás. Especialistas indicam que quatro imóveis com localização e áreas similares aos da empresa de Rodrigo podem ultrapassar um valor total de R$ 50 milhões.

Além das fazendas, também estariam em nome da empresa uma mansão localizada no condomínio de alto luxo Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, no interior de São Paulo, e outros quatro imóveis em São José do Rio Preto – incluindo outras duas casas em condomínios de alto padrão.

Questionada pelo veículo sobre o caso, a assessoria de Garcia informou que não há ilegalidade e que o capital social da empresa não tem relação necessária com o valor das cotas e seu patrimônio. O advogado eleitoral Renato Ribeiro de Almeida, também ouvido pela Folha, disse que a pessoa jurídica não se confunde com a pessoa física e que, por isso, esse tipo de situação não é proibido.

– Os bens pertencem à empresa. Rodrigo Garcia não poderia declará-los como se pertencessem à pessoa física, inclusive sob pena de configurar crime de falsidade ideológica eleitoral. A declaração trouxe as cotas da empresa, pelo valor de seu capital social – disse a assessoria do governador.

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