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PT quer evitar confronto com Michelle e mira Bolsonaro

Primeira-dama se tornou uma das principais estrelas da campanha do presidente

Pleno.News - 03/09/2022 12h49 | atualizado em 03/09/2022 13h27

Presidente Jair Bolsonaro ao lado de Michelle Bolsonaro Foto: EFE/ Andre Coelho

Com a primeira-dama Michelle Bolsonaro transformada em uma das principais estrelas da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiram não fazer dela um alvo de ataques. Há uma preocupação com o risco de vitimizar Michelle ou de Lula ser acusado de machismo.

Em vez disso, a estratégia do PT é focar nas críticas ao presidente e aos supostos episódios de machismo que ele protagonizou.

Aliados do ex-presidente reconhecem que a primeira-dama é a “pessoa com mais habilidade” para tentar recuperar a credibilidade de Bolsonaro com o eleitorado feminino. De acordo a última pesquisa Datafolha, Bolsonaro perde para Lula de 29% a 48% nas intenções de votos das mulheres.

Petistas avaliam, no entanto, que o impacto da presença de Michelle na campanha de Bolsonaro é limitado. A avaliação é a de que a primeira-dama não seria o melhor modelo para o eleitorado feminino, mais interessado em ter mulheres empoderadas como representantes. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) avalia que a mulher de Lula, Rosângela da Silva, a Janja, tem ligação mais espontânea com a campanha eleitoral.

– Ela já era militante (…) Michelle se submete às ideias do marido – disse.

Os adversários afirma que Bolsonaro fez declarações consideradas machistas em relação à primeira-dama após a convenção do PL, no Rio, no fim de julho. O presidente disse que Michelle pedia “R$ 5 mil todo dia” e que aprendeu a linguagem de sinais para não “falar alto” em casa.

EVANGÉLICOS
Além do voto feminino, Michelle tem tido um papel importante para a campanha de Bolsonaro em outra frente, o eleitorado evangélico. Como mostrou o Estadão, a primeira-dama é vice-campeã de engajamento neste segmento nas redes sociais, e tem intensificado a participação em eventos, nos quais aproveita para fazer críticas a Lula.

Para atingir este segmento, uma das estratégias da campanha petista é falar diretamente com os fiéis em vez de focar nos grandes pastores, que apoiam o atual presidente.

– As pessoas não sabem que quem criou a Lei de Liberdade Religiosa foi o meu governo – disse Lula, em discurso no dia 27.

*AE

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