“Povo armado jamais será escravizado”, afirma Bolsonaro
Em evento nesta terça-feira, presidente voltou a defender o armamento da população
Pleno.News - 09/08/2022 21h40 | atualizado em 10/08/2022 11h43

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar em legítima defesa na manhã desta terça-feira (9), durante discurso a executivos da indústria de proteína e saúde animal.
– Povo armado dá garantia a si, à sua propriedade e ao Brasil. Povo armado jamais será escravizado – disse Bolsonaro na abertura do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), evento promovido pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Ainda sobre defesa das propriedades agrícolas, o presidente disse que as invasões às terras rurais diminuíram de quatro por dia para quatro invasões por ano.
– Cortamos recursos que iram para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra via ONGs. Praticamente acabamos com MST, no bom sentido. Dos 370 títulos que distribuímos, 90% foram para mulheres – afirmou.
No mesmo evento, o presidente não poupou críticas ao seu principal oponente na corrida presidencial. Sem citar nominalmente o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT), ele se referiu ao petista e ao seu governo como resultados de uma escolha errada pelo povo brasileiro.
– Se o cara tem uma Ferrari – não tenho nada contra (…) até queria ter uma na minha garagem – e a dá para um bêbado dirigir, vai dar errado – disse Bolsonaro.
Segundo o presidente, o Brasil quer um governo que dê lealdade a seu povo não da boca para fora, mas da “caneta Bic para fora”. E mais uma vez, referindo-se a Lula e suas críticas a um não posicionamento do Brasil no conflito bélico no Leste Europeu, o presidente disse que não irá “resolver a guerra da Rússia tomando cerveja com ninguém”.
Remetendo-se ao encontro que teve com representantes da indústria financeira na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Bolsonaro contou que indagou a um banqueiro se este daria um emprego a um ex-funcionário que o roubou.
– Eu perguntei a um banqueiro ontem, lá na Febraban, se ele daria emprego a um ex-funcionário que o roubou e voltasse oito anos depois pedindo um emprego – provocou o presidente da República.
Bolsonaro disse ainda que, durante o evento da Febraban, na segunda-feira, deu uma de pastor e que falou aos banqueiros que “quanto mais rico o homem for, mais ele se afasta de Deus”. Ele também afirmou que teria sido aplaudido de pé no encontro com os banqueiros.
Por fim, disse que “o pessoal está gostando da redução dos preços dos combustíveis, que antes havia superfaturamento da Petrobras e que as pessoas saberão fazer as escolhas certas nas eleições”.
*AE
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