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Possível ida de Bolsonaro ao Patriota causa ‘racha’ no partido

Partidários acionaram TSE para questionar 'mudanças' feitas pelo presidente da sigla para atrair Bolsonaro

Pleno.News - 31/05/2021 18h54 | atualizado em 31/05/2021 19h22

Possível ida de Bolsonaro para o Patriota contraria integrantes do partido Foto: PR/Marcos Corrêa

A possível ida do clã Bolsonaro para o Patriota provocou um “racha” na cúpula do partido, que acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente da sigla, Adilson Barroso, acusado de irregularidades na organização da convenção nacional em que foi anunciada a filiação do senador Flávio Bolsonaro (RJ), nesta segunda-feira (31).

A ação enviada ao TSE é assinada pelo vice-presidente, Ovasco Resende, o secretário-geral, Jorcelino Braga, e outros seis integrantes do partido. Eles acusam o presidente do Patriota de convocar a convenção “às escondidas” e de alterar a composição do colégio eleitoral no sistema do TSE para garantir maioria na votação que alterou o estatuto e favoreceu a entrada dos Bolsonaro, tudo isso sem comunicar os correligionários.

– O Presidente Adilson Barroso Oliveira está a praticar atos individuais e abruptos na gestão de um partido de caráter nacional. Pretendendo alterar o colégio eleitoral da convenção nacional, suprimindo votos desinteressantes e inserindo votos a seu favor, o Presidente Nacional Adilson Barroso Oliveira também suprimiu as Direções Estaduais que pugnavam pela tomada desta decisão de modo democrático e com ampla publicidade nas fileiras partidárias – afirmam.

Na ação, os integrantes afirmam que nunca foram contra a filiação do grupo político de Bolsonaro, mas sustentam que a decisão sobre sua entrada no partido deve ser tomada de modo democrático. Eles dizem que a Comissão Executiva e o Conselho Político Nacional do partido chegaram a convocar o presidente da sigla para firmar uma diretriz nacional sobre o tema, mas enfrentaram resistência.

– Sabendo-se que o Exmo. Sr. Presidente da República Jair Bolsonaro tem pretensões à reeleição e busca acomodar diversos apoiadores e mandatários, compete à convenção nacional do Patriota decidir democraticamente se o partido terá candidatura presidencial própria em 2022 e, em caso positivo, se é vontade da maioria que o candidato seja o Exmo. Sr. Presidente da República Jair Bolsonaro e que seus apoiadores ocupem posições no Patriota – diz um trecho da ação.

O pedido é para suspender os atos do presidente do Patriota. O processo foi distribuído ao ministro Edson Fachin.

*Estadão

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