Paulo Moura - 30/05/2022 11h52 | atualizado em 30/05/2022 12h31

A Polícia Federal (PF) adotará uma escala para determinar o risco à segurança dos candidatos a presidente neste ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (30) pela coluna de Igor Rangel, do site Metrópoles. A PF é responsável por garantir a segurança dos concorrentes durante a campanha, exceto a do atual presidente, que é feita pelo Gabinete de Segurança Institucional.

A escala da PF, que obedecerá uma lógica matemática de 1 a 5, será organizada a partir de diversos critérios a serem utilizados para estabelecer o nível de risco ao qual cada candidato estará submetido nos eventos em que participará. Entre as variáveis estarão o momento da campanha, o nível de exposição de acordo com o local da agenda e informações sobre alguma ameaça.

De acordo com o nível na escala, os delegados do setor encarregado da segurança dos presidenciáveis poderão sugerir o cancelamento dos compromissos. Com isso, caso o risco seja muito alto em um determinado evento, por exemplo, a PF poderá dizer que não se responsabilizará pela segurança do candidato naquela ocasião.

O nível de risco também será utilizado para definir o perfil da equipe e o número de agentes que acompanharão os candidatos nos compromissos de campanha. Delegados e agentes da PF já começaram a ser treinados para atuar na segurança dos presidenciáveis e duas turmas de 44 policiais já concluíram o curso para essa finalidade.

Com duração de duas semanas, o treinamento incluiu aulas de tiro, primeiros socorros e defesa pessoal. Além disso, os policiais participaram de simulações de episódios que reproduziam a retirada de um candidato de um cenário de tumulto. Em um deles, os agentes encenaram um momento similar ao da facada sofrida pelo presidente Jair Bolsonaro em 2018.

Pela legislação, todos os concorrentes ao Planalto têm direito a um esquema especial de segurança. Inicialmente, a PF planeja a montagem de equipes levando em conta o cenário de dez candidatos. Estima-se que, ao todo, 300 policiais federais estarão mobilizados na proteção aos presidenciáveis.

Leia também1 OMS: É improvável que varíola dos macacos vire pandemia
2 Aliados de Lula desconfiam e desdenham de Randolfe
3 Bolsonaro sobrevoa o Recife após chuvas matarem mais de 80
4 Delegado diz não ver motivo para prender agentes da PRF
5 Mussi revela ter sofrido abuso sexual na infância: 'Muito difícil'