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Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, é filha de José Osmar Boldo

Paulo Moura - 28/10/2022 12h17 | atualizado em 28/10/2022 13h08

Tríplex do Guarujá Foto: EFE/ Fernando Bizerra Jr

Citada no depoimento que o ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre Machado deu à Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (26), a chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, Ludmila Boldo Maluf, é filha do sindicalista José Osmar Boldo, sócio-fundador da Bancoop, cooperativa de bancários responsável pela construção do Edifício Solaris, onde fica o tríplex atribuído a Lula pela Lava Jato.

No depoimento à Polícia Federal, Alexandre Machado disse que foi exonerado após comunicar Ludmila sobre o recebimento de um email enviado por uma rádio que teria admitido ter deixado de veicular inserções da propaganda do presidente Jair Bolsonaro (PL). A funcionária também é casada com Paulo José Maluf, ex-chefe de gabinete do presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

Na ata de fundação da Bancoop (confira abaixo), o nome de José Osmar Boldo aparece na lista de sócios-fundadores ao lado de figuras como João Vaccari Neto, que foi preso em abril de 2015, no âmbito da Operação Lava Jato, e deixou a prisão em setembro de 2019 após ser beneficiado pelo indulto natalino assinado pelo então presidente Michel Temer (MDB).

Nome de José Osmar Boldo consta na ata de fundação da Bancoop Foto: Reprodução

SOBRE O DEPOIMENTO DE ALEXANDRE MACHADO
Exonerado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em meio à polêmica sobre a denúncia de irregularidade na veiculação de propagandas eleitorais presidenciais nas rádios, fato que teria prejudicado a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-servidor Alexandre Gomes Machado procurou a Polícia Federal (PF) na quarta-feira (26) para prestar depoimento.

Machado informou à PF que foi demitido cerca de 30 minutos após enviar um email para a chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, Ludmila Boldo Maluf, informando que uma rádio admitiu que havia deixado de repassar em sua programação cerca de 100 inserções da campanha de Bolsonaro.

Em outro trecho, Machado, que era coordenador do pool de emissoras do TSE, disse acreditar que teria sido desligado por causa do fato de que “desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita”.

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