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Nova direção do PROS retira candidatura de Pablo Marçal

Revogação da candidatura do coach aconteceu durante reunião do partido realizada na última sexta-feira

Paulo Moura - 08/08/2022 13h59 | atualizado em 08/08/2022 14h22

Pablo Marçal Foto: Reprodução/YouTube Pablo Marçal

Em meio ao conflito de decisões judiciais recentes, a direção do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) decidiu retirar a candidatura do coach Pablo Marçal a presidente da República. A decisão foi tomada na última sexta-feira (5), em Brasília, após o fundador do PROS, Eurípedes Júnior, ser devolvido ao comando da legenda.

Eurípedes, que voltou à presidência da sigla após decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pretende declarar apoio ao ex-presidente Lula (PT). Já o agora ex-presidente do PROS, Marcus Holanda, que estava no cargo antes da decisão do TSE, é favorável ao nome de Pablo Marçal para a disputa pelo Planalto.

A retirada da candidatura própria do partido ocorreu de forma unânime em votação feita com os 29 presentes em uma reunião realizada na sexta, segundo ata registrada pelo PROS no TSE. No entanto, apesar da decisão, o nome de Pablo Marçal ainda consta na Justiça Eleitoral, até 13h30 desta segunda (8), como candidato a presidente da República.

IMBRÓGLIO JURÍDICO ENVOLVENDO O PROS
Um embate jurídico que começou em março deste ano envolvendo o comando do partido fez com que o PROS mudasse três vezes de comando só na última semana. Ainda no início de 2022, a Justiça do Distrito Federal destituiu Eurípedes Júnior da presidência da legenda e legitimou a reunião partidária que elegeu Holanda.

Já no dia 31 de julho, o ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), considerou que faltavam provas para justificar a saída de Eurípedes do comando da sigla e devolveu o cargo a ele. Entretanto, na última quarta (3), o ministro Antônio Carlos Ferreira, também do STJ, derrubou a decisão de Mussi e passou o comando do partido de volta para Holanda.

Na decisão, o ministro apontou que a Corte ainda não tinha competência para analisar o pedido do fundador do PROS e apontou que a ação precisava de análise nas instâncias precedentes. Já na sexta, o ministro Ricardo Lewandowski optou por recolocar Eurípedes no comando do PROS.

MARÇAL PROMETE RECORRER
Com a candidatura indefinida, Pablo Marçal prometeu recorrer na Justiça após a decisão judicial de Lewandowski mudar novamente a direção do partido. Durante uma coletiva de imprensa feita na sexta, antes de ser oficializada a retirada de sua candidatura pela nova direção da sigla, ele classificou como golpe a convenção realizada pela legenda.

– Minha candidatura é um ato jurídico perfeito, dentro do prazo hábil. Tem que ter um prazo para divulgação do que está rolando; agora é um golpe, estão fazendo uma reunião de maneira escusa – apontou.

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