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MT: Seção em que Bolsonaro não teve votos é em aldeia indígena

Local fica na aldeia Urubu Branco, na cidade de Confresa

Paulo Moura - 03/11/2022 11h43 | atualizado em 03/11/2022 14h27

Boletim de urna eletrônica (imagem ilustrativa) Foto: LR Moreira/Secom/TSE

Uma seção eleitoral na cidade de Confresa, no estado de Mato Grosso, atraiu grande repercussão nas redes sociais nos últimos dias em função de que todos os votos válidos depositados na urna eletrônica no segundo turno das eleições presidenciais foram para o ex-presidente Lula (PT). No total, o petista recebeu 383 votos, enquanto uma pessoa votou nulo. O presidente Jair Bolsonaro (PL) não teve qualquer voto na seção.

O local em questão, a seção 158 da 28ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, fica na Escola Estadual Tapi’itawa, dentro da aldeia indígena Urubu Branco. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) é “comum neste tipo de localidade, bem como em áreas quilombolas, que haja convergência nos votos”.

– A votação em um único candidato também ocorreu com as seções 431 e 461 do município de Barra do Garças (MT), nas quais o candidato do PT teve, respectivamente, 238 e 81 votos contra 1 voto do candidato à reeleição. Já na seção eleitoral 93, situada em Campo Novo do Parecis (MT), foram 5 votos para o PT contra 64 votos para o candidato do PL – detalhou o TRE-MT.

Votação no segundo turno na aldeia em Confresa Foto: Reprodução/TSE

Após a repercussão do caso, uma das lideranças da aldeia Urubu Branco, Taroko Edimundo Tapirapé, se posicionou sobre o fato e confirmou que todos os indígenas do local optaram por votar no candidato petista. No primeiro turno, Lula também havia conquistado 100% dos votos válidos da seção, mas com 375 eleitores.

– A decisão partiu da comunidade para votar em 13, candidato Luís Inácio Lula da Silva. Os eleitores da Aldeia Urubu Branco votaram 100% nesse candidato. Não foi fraude, a gente votou com consciência, com decisão tomada – escreveu o líder indígena.

Apesar da votação unânime para Lula na aldeia em Confresa, outras seções instaladas em áreas indígenas do estado de Mato Grosso chegaram a registrar mais votos para Bolsonaro do que para o petista. Um exemplo foi a seção localizada na Escola Estadual Indígena Malamalali, que fica na aldeia indígena Rio Verde, em Tangará da Serra, onde o atual presidente teve 220 votos contra 117 de Lula.

Bolsonaro também teve a maioria do eleitorado em duas seções instaladas no Colégio Indígena Estadual e I e II Graus São José, na aldeia indígena Sangradouro, em General Carneiro. Em uma dessas urnas, Bolsonaro venceu por 154 a 92, enquanto na outra o predomínio foi de 158 a 72 para o atual presidente.

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