MPSP defende barrar cachê de Ludmilla por fazer “L” em show
Cantora fez o gesto durante sua apresentação na Virada Cultural de São Paulo
Henrique Gimenes - 28/06/2022 17h00 | atualizado em 28/06/2022 17h57
Em manifestação enviada à Justiça, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) se posicionou contra o pagamento do cachê à cantora Ludmilla por sua apresentação na Virada Cultural, em São Paulo. A medida ocorreu após a cantora fazer o símbolo “L”, relacionado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O posicionamento foi assinado pela promotora Eloisa Franco, que ressaltou que existem “diversos elementos que apontam para um desvio de finalidade em tal contrato que deveria ter finalidade cultural”.
A ação foi proposta pelo vereador Fernando Holiday (Novo) com o objetivo de evitar o pagamento de R$ 220 mil à artista. O episódio ocorreu no dia 29 de maio.
Na ocasião, Ludmilla pediu aos fãs que fizessem o gesto associado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao final do show, a cantora ainda deixou o palco com o telão exibindo as cores branco e vermelho, associadas ao Partido dos Trabalhadores (PT). Na ação, Holiday pediu que o cachê não seja pago ou que seja restituído.
– O município promoveu com a cantora um evento cultural, que entretanto ficou marcado pela grande manifestação política em favorecimento de um pré-candidato. (…) O evento claramente “beneficiou pessoas determinadas”, uma vez que, a artista puxou a plateia para enaltecer o símbolo de um pré-candidato à presidência – disse na ação.
O vereador também chamou o evento de “showmício”.
– É inconcebível que o município promova um evento que ignore completamente a justificativa para sua realização e se torne um showmício, ignorando até mesmo a legislação eleitoral – apontou.
Leia também1 MEC: STF envia à PGR 2º pedido para investigar Jair Bolsonaro
2 Bolsonaro fala sobre as urnas e avisa: "Está sendo tratado”
3 Registros de armas crescem 474% no governo Bolsonaro
4 Lira: "Vale gás deverá ser mensal com a PEC dos Combustíveis"
5 STF: 11 estados e DF entram com ação contra lei que limita o ICMS