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Ministro da Defesa pede cédula de papel como “votação paralela”

Paulo Sérgio Nogueira afirma que sugestão "não tem viés político"

Gabriel Mansur - 14/07/2022 16h49 | atualizado em 14/07/2022 19h12

Ministro da Defesa, Paulo Nogueira Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O debate a respeito do sistema eleitoral brasileiro, principalmente em relação a confiabilidade das urnas eletrônicas, ganhou mais capítulo nesta quinta-feira (14). Isso porque o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, sugeriu a realização de votação paralela em cédulas de papel durante o pleito, nos dias 2 e 30 de outubro. O objetivo é testar a integridade do sistema computadorizado.

A proposta foi apresentada durante audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal. Além dela, Nogueira recomendou testes de integridade das urnas no momento da votação, teste público de segurança nas urnas do modelo 2020 e o que ele chamou de “auditoria independente”. A reunião foi convocada pelo senador Eduardo Girão (PODEMOS-CE).

– A gente propõe uma pequena alteração no que está estabelecido, sendo coerente com a resolução do TSE. Ela prevê o teste das urnas em condições normais de uso. Como seria esse teste? Urnas seriam escolhidas, só que em vez de levar para a sede do Tribunal Regional Eleitoral, essa urna seria colocada em paralelo na seção eleitoral – explicou o coronel Marcelo Sousa, do ministério da Defesa, em apresentação aos senadores.

Segundo o militar, a medida funcionaria como um teste de integridade das urnas eletrônicas, somado aos processos que o TSE já realiza atualmente para verificar os sistemas de votação.

– O eleitor faria sua votação e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para testar a urna. Ao fazer isso, ele geraria um fluxo de registro na urna teste, similar à urna original, e, após isso, os servidores fariam votação em cédulas de papel. Depois dessa votação, ela seria conferida com o boletim de urnas – ilustrou.

Nogueira afirmou que não existe “viés político” nas recomendações das Forças Armadas ao TSE. Segundo ele, as orientações são baseadas em dados técnicos.

– Não tem viés político. Não tem dúvida, não tem que colocar em cheque ou em dúvida. A aceitação não cabe à gente, cabe ao TSE, que tem suas nuances de logísticas, capacidade, recursos – concluiu.

A participação de militares nas eleições tem sido pauta de embates entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os ministros do TSE.

As Forças Armadas fazem parte da Comissão de Transparência do TSE. O grupo debate medidas para ampliar a transparência no processo eleitoral.

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