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Militares dizem que Moraes abriu diálogo sobre eleições

Cúpula das Forças Armadas avalia que o saldo da reunião foi "positivo"

Pleno.News - 24/08/2022 07h49 | atualizado em 24/08/2022 11h22

Alexandre de Moraes Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reuniu-se a portas fechadas nesta terça-feira (23) com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. Após o encontro, militares informaram que Moraes abriu diálogo sobre o processo de fiscalização do sistema eleitoral.

Na avaliação da cúpula das Forças Armadas, o saldo da reunião foi “positivo”. Na gestão do ministro Edson Fachin, que antecedeu Moraes na presidência do TSE, a relação com os militares ficou abalada após insistentes questionamentos sobre a segurança das urnas.

Após a reunião, o ministro da Defesa saiu do TSE sem dar declarações. Moraes também não se manifestou sobre o encontro. A conversa entre os dois ocorreu no mesmo dia em que a Polícia Federal, por determinação de Moraes, realizou operação de busca e apreensão contra oito empresários apoiadores de Bolsonaro que supostamente fizeram críticas ao STF em um grupo privado no WhatsApp.

Apesar do otimismo manifestado por auxiliares do ministro da Defesa, subordinados de Moraes no TSE disseram que a retomada de conversa com os militares não necessariamente levará à adoção das sugestões feitas pelas Forças Armadas. Servidores do alto escalão da Corte alegam não haver tempo hábil ou margem dentro da estrutura do TSE para alterar procedimentos.

O Ministério da Defesa insiste que seja feito o chamado teste de integridade das urnas no dia da eleição, em seções de votação previamente sorteadas, e com a participação de eleitores. O teste já é feito pelo TSE desde 2002, mas com aparelhos levados aos Tribunais Regionais Eleitorais para, segundo a Corte, evitar tumulto nas seções.

O general Paulo Sérgio Nogueira foi a segunda autoridade a ter um encontro privado no gabinete de Moraes. O primeiro foi o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em um gesto de alinhamento entre o Congresso e o tribunal.

A reunião com Nogueira foi marcada pelo fim do prazo dado aos militares para inspecionar os códigos-fontes das urnas eletrônicas na sede do tribunal, o que deve ser discutido pelos ministros. Mais de quinze oficiais integraram o grupo de trabalho que monitorou o sistema de votação.

*AE

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