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Direitos de resposta: Lula não fará acordo com Bolsonaro

Para o petista, decisão judicial é a possibilidade de “rebater as mentiras do adversário”

Pleno.News - 21/10/2022 21h21 | atualizado em 24/10/2022 15h27

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, afirmou na tarde desta sexta-feira (21), que não aceitará acordo para desistir dos direitos de resposta que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lhe concedeu contra o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição pelo PL. Segundo ele, a decisão judicial é a possibilidade de “rebater as mentiras do adversário” em inserções na propaganda de rádio e na TV na campanha eleitoral.

O segundo turno foi fortemente marcado por ataques entre as duas candidaturas, inclusive com acusações pessoais.

– Não tem acordo. Se nós ganhamos, ele que utilize os 14 [direitos de resposta] dele e a gente os nossos 184 – afirmou Lula.

De acordo com a ministra Maria Claudia Bucchianeri, que concedeu os direitos de resposta, Bolsonaro veiculou fatos sobre o ex-presidente “sabidamente inverídicos por descontextualização”. A própria ministra, porém, suspendeu a validade de sua decisão. O objetivo é que todos os ministros do TSE se pronunciem sobre o caso.

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, levará o processo ao plenário virtual, para deliberação.

A Corte marcou o julgamento depois que uma reunião entre Moraes e os advogados do petista e do presidente terminou em um impasse. O encontro buscava um consenso sobre os direitos de resposta concedidos às duas candidaturas nas inserções de TV.

Em sua visita a Juiz de Fora, Lula evitou falar sobre pautas de costumes – com temas usados por Bolsonaro para atingi-lo, como aborto e drogas. Também não citou as pressões que eleitores evangélicos e de outras crenças estão, segundo denúncias, sofrendo na campanha eleitoral.

O presidenciável voltou a falar de economia. Dirigiu suas críticas a medidas econômicas do governo federal.

Durante entrevista, o petista afirmou que, caso o aumento do salário mínimo seja desvinculado do índice de inflação, não haverá aumento real.

– Vocês viram o ministro da Economia [Paulo Guedes] dizer que o salário mínimo será desindexado, isso significa que o reajuste do salário mínimo não terá mais aumento real – disse.

E continuou:

– Estejam preparados, 22 milhões de aposentados, 32 milhões de pessoas que recebem salário mínimo, não terão aumento acima da inflação – apontou.

Guedes confirmou nesta quinta-feira (20), que o governo estuda desvincular o reajuste do salário mínimo e de aposentadorias do índice de inflação do ano anterior. Mas negou que o objetivo seja impedir o ganho real dos trabalhadores e pensionistas.

Lula também atacou o governo por causa da inflação de alimentos.

– Não é por causa da guerra na Ucrânia que o alimento está caro. O alimento está caro porque o presidente não entende de Economia e porque o Guedes não tem interesse. Ele poderia ter reduzido o preço da gasolina sem prejudicar os governadores. Esse dinheiro que ele tirou dos estados vai fazer falta para a educação e saúde em 2023 – afirmou.

Lula disse ainda que, depois que falou na alta dos combustíveis, Bolsonaro reduziu o seu preço. O presidenciável do PT voltou a dizer que pretende isentar quem ganha até 5 mil reais do pagamento de imposto de renda.

– Comecei a falar mal do preço dos combustíveis, ele [Bolsonaro] reduziu os preços. Nos meus oito anos de mandato, nunca aumentei o gás de cozinha. As pessoas estão se endividando para ter o que comer. Não vamos cobrar imposto para quem ganha até 5 mil reais. Ele não fez o reajuste do Imposto de Renda nos quatro anos que foi presidente – disse.

*AE

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