Paulo Moura - 30/10/2022 15h48 | atualizado em 30/10/2022 16h13

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou a notícia-crime apresentada contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para a Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com o despacho de Gilmar, o órgão deve apresentar manifestação sobre o caso em um prazo de três dias.

A notícia-crime em questão foi protocolada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) após o episódio em que a parlamentar aparecia empunhando uma arma no Bairro Jardins, em São Paulo, e disse ter sido cercada e empurrada no chão.

– Após descrever os supostos fatos delituosos, os requerentes pugnam pela instauração de inquérito, com a aplicação de medidas cautelares pessoais e reais, bem como com a realização de diligências investigativas – declarou Gilmar na determinação.

Além da notícia-crime, o PT e outros partidos também pediram a cassação da deputada. As siglas alegam que os atos de Zambelli seriam “graves” e poderiam ser enquadrados “em diversos dispositivos do Código de Ética e Decoro Parlamentar”. A deputada, no entanto, sustenta que foi vítima de um episódio de violência.

– Eu saí do restaurante com o meu filho e agrediram a mim e ao meu filho. O que temos aí não é um crime de racismo, é um crime de agressão contra a mulher. Meu porte de arma é legal. Eu posso utilizar o meu porte o tempo todo, 100% – destacou.

Leia também1 "Militantes de Lula me cercaram e me agrediram", relata Zambelli
2 Zambelli é ameaçada após dados vazados por criminosos
3 Zambelli debocha de decisão do TSE sobre Lula ser inocente
4 Bolsonaro vence o 2º turno no Japão, Taiwan e Grécia
5 Pai de Neymar declara voto em Bolsonaro: "Nosso país unido"