Henrique Gimenes - 26/10/2022 20h43 | atualizado em 27/10/2022 11h21

Na noite desta quarta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro concedeu uma coletiva de imprensa para falar sobre as irregularidades encontradas por sua campanha a respeito de inserções de rádio e TV. Ele criticou a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que negou um pedido de investigação, e afirmou que irá às “últimas consequências”.

Nesta segunda (24), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, apresentou a denúncia e disse que mais de 150 mil inserções de Bolsonaro deixaram de ser veiculadas em rádio. Na terça (25), a campanha do presidente enviou provas que comprovariam a medida. Moraes, no entanto, considerou que os dados são “inconsistentes”.

Ao citar a decisão, Bolsonaro disse ter ficado com surpreso por Moraes ter “invertido o processo”.

– Ali na peça, de forma preliminar, foi me passado que o partido tem que responder por usar o fundo partidário de maneira irregular. Porque, segundo o ministro Alexandre de Moraes, o fundo não pode ser utilizado para fazer auditoria. E ainda manda investigar o autor, porque o autor estaria tentando “tumultuar” o processo – destacou.

O candidato à reeleição também disse que essas inserções devem fazer diferença na campanha eleitoral e que isso “desequilibra o processo democrático”.

– De nossa parte, iremos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer valer aquilo que nossas consultorias constataram. Um enorme desequilíbrio no tocando às inserções. Isso, obviamente, interfere no total de votos no final da linha – apontou.

Durante a coletiva, Bolsonaro ainda afirmou que foi prejudicado.

Bolsonaro dá entrevista coletiva neste momento em Brasília, distrito federal, sobre a polêmica da semana, ou melhor, uma delas. pic.twitter.com/5z5Dk6wsYe

— Gabriel Menezes (@briel_menezes) October 26, 2022

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