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Quem é Ricardo Nunes, o vice de Covas que viralizou na web

Nome do vereador ficou conhecido após ser citado em um dos programas do concorrentes de Covas, Guilherme Boulos

Paulo Moura - 25/11/2020 11h18

Ricardo Nunes ao lado do prefeito Bruno Covas Foto: Reprodução

Após virar alvo de uma das propagandas do PSOL contra a campanha de Bruno Covas (PSDB), o vereador Ricardo Nunes (MDB), candidato a vice-prefeito na chapa liderada pelo tucano, passou a ter nome, antes anônimo, famoso na web. Na terça-feira (24), o nome de Nunes se tornou o 17° assunto mais buscado no Google brasileiro, com cerca de 20 mil pesquisas.

O que muita gente passou a questionar nos sites de busca foi: “Quem é Ricardo Nunes?”. Para responder os questionamentos, o Pleno.News traz um breve resumo sobre a carreira política e algumas situações envolvendo a vida do parlamentar municipal que pode vir a se tornar o novo vice-prefeito da maior cidade brasileira.

CARREIRA POLÍTICA
Vereador do MDB eleito para a Câmara Municipal de São Paulo em 2012 e reeleito em 2016, Nunes foi presidente da CPI da Sonegação Tributária. No Legislativo Municipal ele também foi, por seis anos, relator do Orçamento Municipal e da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estima as despesas, fixa as receitas e estabelece as metas fiscais da administração para o ano seguinte.

Em 2016 Nunes participou e foi o relator da CPI do Theatro Municipal, que apurou o desvio de mais de R$ 15 milhões de reais e representou os responsáveis ao Ministério Público. Já em 2019, o vereador presidiu outra CPI, a da Sonegação Tributária, que recuperou mais de 1,2 bilhão para os cofres públicos e pediu o indiciamento de dezenas de diretores de bancos por fraude tributária.

POSIÇÕES DEFENDIDAS
Nunes é considerado conservador na Câmara Municipal e faz parte da chamada “bancada religiosa”. Católico, o vereador já fez oposição aberta à educação sexual para crianças e para a ideologia de gênero nas escolas. Nunes também já se manifestou favorável ao projeto Escola sem Partido em 2015, em meio ao processo de aprovação do Plano Municipal de Educação (PME).

Na época, Nunes contribuiu diretamente, como um dos principais articuladores, para a retirada de todas as menções à diversidade sexual do Plano de Educação da capital. Ao discursar durante a aprovação do PME, Nunes afirmou: “Eu sou pela família, gênero não”. O vereador também atuou, junto à prefeitura, para garantir que músicas cristãs fossem tocadas em espaços públicos e eventos como a Virada Cultural.

POLÊMICAS E SUSPEITAS DE CORRUPÇÃO
Apesar de ser ainda considerado um parlamentar “anônimo”, o candidato a vice-prefeito coleciona algumas polêmicas ao longo da vida política e pessoal. A mais conhecida delas é a acusação feita por Regina Carnovale, esposa de Ricardo, que denunciou o marido por violência doméstica em 18 de fevereiro de 2011.

O Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na 6ª Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, Zona Sul da capital. Carnovale relatou, à época, que o casal mantivera uma união estável por 12 anos. Sete meses antes da agressão, os dois se separaram “devido ao ciúme excessivo” de Nunes. Algum tempo depois, o casal voltou a ficar junto, e seguem unidos até hoje.

– Inconformado com a separação, [Nunes] não lhe dá paz, vem efetuando ligações, proferindo ameaças, envia mensagens ameaçadoras todos os dias e vai em sua casa, onde faz escândalos e a ofende com palavrões – dizia o boletim.

Outro fato polêmico envolvendo o vereador é o fato de Nunes ser alvo de uma investigação da promotoria do Patrimônio Público e Social do Ministério Público do Estado de São Paulo, que apura indícios de superfaturamento no aluguel de creches privadas que mantêm convênio com a prefeitura.

Segundo a promotoria, Nunes teria sido favorecido por meio de sua relação com a Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos (Sobei), que recebe da prefeitura R$ 329 mil por mês para pagamentos de aluguéis de creches. O vereador nega participação no caso e diz ser apenas “voluntário” da instituição.

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