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Para Jair Bolsonaro, PT só vence as eleições com fraude

Candidato do PSL concedeu entrevista a José Luiz Datena e disse que, pelo que vê nas ruas, não aceita resultado diferente de sua vitória

Henrique Gimenes - 28/09/2018 19h16 | atualizado em 28/09/2018 19h18

Candidato Jair Bolsonaro concede entrevista Foto: Reprodução/Instagram

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, concedeu, nesta sexta-feira (28), uma entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da TV Band. O presidenciável falou sobre o atentado que sofreu, sua campanha nas eleições, propostas políticas e outros assuntos.

Logo inicialmente o candidato foi questionado sobre o atentado que sofreu. Jair Bolsonaro contou que os médicos afirmaram que ele está vivo por milagre, já que a facada que levou foi de profissional. Ele disse ainda que está mais animado com as eleições do que quando deu entrada no hospital.

– Quando fui submetido à uma nova cirurgia, o mundo caiu em cima de mim. Eu estava começando a querer levantar da cama. E você ficar imóvel, vem as feridas e problemas. Só que eu tinha que enfrentar isso. Eu sempre pensei que tinha que sair dessa e disputar as eleições. Estou voltando com muito mais gás do que quando comecei – explicou.

O candidato também disse que irá participar dos debates no segundo turno e que o atentado só deu mais força a ele. Para Bolsonaro, o fato de ter sido atacado mostra que ele é diferente dos outros. O presidenciável disse ainda acreditar que seu agressor, Adélio Bispo, não teria agido sozinho.

– O delegado trabalhou por dois anos com Fernando Pimental (do PT), homem de confiança e foi condecorado. Se bem que na equipe eu sei que tem gente que gosta de mim (…) Eu não tive contato com nenhum deles, mas tem gente que quer realmente a verdade (…) No dia do evento, o criminoso, através de um terceiro, tentou entrar na Câmara com a carteira de identidade do cara. Se ele foge daquele evento ali e nada acontece, teria um álibi perfeito para dizer que estava em Brasília – ressaltou.

Jair Bolsonaro comentou sobre as declarações do general Hamilton Mourão. Ele considerou que seu vice tem suas posições, mas que não mede ainda as consequências. Durante a entrevista, o candidato também falou sobre uma matéria da Revista Veja, que o acusou de, entre outras coisas, esconder patrimônio.

– Minha própria ex, na matéria, desmente muita coisa. Em uma separação é comum ter problemas. É litigiosa. E as cotoveladas acontecem de ambas as partes. Ali tem a partilha de bens, a guarda dos filhos. E a própria ex diz claramente que, de sangue quente, fala-se coisas que não existe – destacou.

O presidenciável ainda disse que não vê outra maneira do PT vencer as eleições que não seja na fraude. Para ele, não há uma maneira de se auditar os resultados das eleições. Jair Bolsonaro diz que é muito bem tratado no rua e questiona a transferência de votos do ex-presidente Lula para seu adversário Fernando Haddad (PT). O candidato também disse que só aceitará um resultado que seja a sua vitória.

– Pelo que eu vejo nas ruas, eu não aceito um resultado das eleições diferente das minhas eleições. Isso não é antidemocrático porque é um sistema que não existe em nenhum lugar do mundo. Eu apresentei um antídoto para isso. A senhora Raquel Dodge (procuradora-geral da República) questionou com o argumento de que a impressão do voto comprometeria a segurança das eleições – argumentou.

Por fim, Jair Bolsonaro explicou as razões pelas quais decidiu disputar a Presidência da República.

– Eu sou um cristão, um homem de família e patriota. Estou fazendo isso não é por mim, é pelo meu país, pela minha pátria e pela minha filha Laura de 7 anos de idade. Aqui mesmo no hospital teve enfermeiras e médicos que conversaram comigo e tiveram uma visão diferente depois desse contato (…) Eu sou o inimigo a ser abatido. Nós vamos quebrar o sistema. Vamos ter um ministério de qualidade. Pessoas competentes – disse.

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