Marina: “Distribuir armas não resolve problema da violência”
Candidata classificou a medida como entregar a população à própria sorte
Henrique Gimenes - 28/08/2018 18h15

A candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, afirmou, nesta terça-feira (28), que distribuir armas para a população não irá resolver a violência no Brasil. A declaração foi dada durante uma sabatina promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A questão do armamento da população é umas proposta do candidato Jair Bolsonaro (PSL), primeiro lugar nas pesquisas em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marina se encontra na segunda colocação. Para a candidata, “não se vai resolver o problema da violência distribuindo armas para a população” e que a medida seria “entregar a população à própria sorte”.
– Você dizer que quer ser presidente da República para entregar a população à própria sorte? Dizendo que, se ela quiser resolver o problema da violência, que compre uma arma e se defenda? Para que então que se quer ser presidente da República? O Estado tem o monopólio da força e não se pode transferir para cidadão indefeso a possibilidade de se defender, defender a sua família, defender a sua empresa. Isso é justiça com as próprias mãos – explicou,
A candidata também foi questionada sobre a reforma trabalhista e disse que pretende rever alguns pontos considerados por ela como inaceitáveis.
– Em relação à reforma trabalhista, vamos rever os pontos inaceitáveis da reforma. Ouço muita gente dizendo que é modernizar as relações de trabalho. Mas na reforma trabalhista tem pontos que são pré-modernos, como uma mulher trabalhar em condições insalubres, uma pessoa ter apenas meia hora para se alimentar, trabalho intermitente, em que pode ficar meses sem ser chamado mas conta como se tivesse empregado – apontou.
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