Jair Bolsonaro fala de Roberto Marinho em sabatina
Candidato à Presidência também falou sobre aborto, ideologia de gênero e economia
Camille Dornelles - 04/08/2018 11h41 | atualizado em 21/01/2020 12h29

Nesta sexta-feira (3), o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) participou de uma sabatina na emissora Globo News. Ao ser questionado sobre a ditadura militar e acusado de apoiar a tortura, retrucou os jornalistas presentes.
– O senhor Roberto Marinho foi um democrata ou um ditador? – questionou.
Ele relembrou um texto editorial escrito pelo fundador da Rede Globo, Roberto Marinho, apoiando a ascensão dos militares em 1964. Segundo Bolsonaro, o texto reconheceu expressamente apoio da emissora ao ocorrido.
No final do programa, a Rede Globo emitiu uma nota que foi reproduzida pela jornalista Míriam Leitão. Nela, reafirmaram que houve apoio ao golpe, mas que “não há como não reconhecer hoje que o apoio foi um erro”.
Além da ditadura militar, Bolsonaro também falou sobre propostas de campanhas, economia, aborto e ideologia de gênero.
PRIVATIZAÇÕES
Bolsonaro defendeu interferência mínima do Estado no mercado financeiro. Mas declarou que apoia privatizações de estatais em último caso para melhorar a situação econômica.
– Se não tiver uma solução, eu sugiro a privatização da Petrobras. Acaba com esse monopólio estatal e ponto final. Então, é o recado que eu dou para o pessoal da Petrobras – disse.
ABORTO
O candidato se mostrou indignado com a audiência pública sobre aborto em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é contra a ação e acusou a Casa de “legislar” sobre a ação.
– Quero que o Supremo Tribunal Federal não legisle como está legislando agora na questão do aborto – declarou.
IDEOLOGIA DE GÊNERO
Bolsonaro expressou seu posicionamento contra a ideologia de gênero e a conteúdo homossexual a crianças pequenas.
– Eu não posso admitir que crianças com seis anos de idade assistam a filmes como ‘Encontrando Bianca’, onde meninos se beijam, meninas se acariciam, para combater a homofobia. Está na cara que a criancinha de seis anos de idade que assistir a isso, no intervalo, o Joãozinho vai querer namorar o Pedrinho. Um pai não quer chegar em casa e encontrar o filho brincando de boneca por influência da escola – afirmou.
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