Fux: ‘Combate a fake news é feito com mais jornalismo’
Presidente do TSE afirmou que a propagação desse notícias falsas pode prejudicar as eleições
Henrique Gimenes - 20/06/2018 14h40
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, afirmou, nesta quarta-feira (20), que, para combater as notícias falsas, é necessário “mais imprensa e mais jornalismo”. A declaração foi dada durante a abertura de um seminário para tratar do impacto social, político e econômico das fake news.
De acordo com Fux, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a propagação desse tipo de notícia pode causar “dano irreparável à candidatura alheia” e influenciar as eleições deste ano.
– As eleições no Brasil serão um exemplo de higidez democrática, exemplo de moralidade e de ética na politica brasileira. Para notícias falsas, nós precisamos de mais imprensa e mais jornalismo – apontou.
O presidente do TSE também afirmou que as fake news “poluem o ambiente democrático”, já que um candidato acaba “revelando sua ira contra o outro, em vez de suas próprias qualidades”. Por causa disso, o Tribunal está empenhado em sua atuação junto aos órgãos de inteligência para enfrentar o problema.
– Mais importante para o Tribunal Superior Eleitoral é atuar preventivamente do que repressivamente. Queremos que a sociedade brasileira, através do voto, dê uma demonstração de ética, de moralidade, de um voto acima de tudo consciente. Um voto consciente é um voto que se baseia na lisura informacional – destacou.
O ministro também explicou aos presentes como tentar reduzir o compartilhamento de fake news. De acordo com Fux, é preciso primeiro analisar o que está escrito na notícia.
– Sempre deve haver uma checagem, não só leitura do título da matéria, mas o seu contexto e acima de tudo aquela checagem profunda antes do compartilhamento que acaba difundindo a fake news – explicou.
Além de Luiz Fux, participaram ainda do seminário o presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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