Filha de Cunha contesta Dilma como candidata ao Senado
Em representação enviada ao TRE, Danielle Cunha afirma que impeachment traz a perda dos direitos político como consequência
Henrique Gimenes - 20/08/2018 18h40

A filha do ex-deputado Eduardo Cunha, Danielle Dytz da Cunha, questionou a candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao Senado por Minas Gerais. Na impugnação feita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado, ela afirma que o impeachment traz inelegibilidade como uma consequência “natural e indissociável”.
Danielle é candidata a deputada federal pelo MDB do Rio de Janeiro. Seu pai, na época presidente da Câmara dos Deputados, foi um dos principais articuladores do impeachment da ex-presidente. Ele, no entanto, acabou perdendo seu mandato após ter sido acusado de mentir sobre contas no exterior. Cunha atualmente está preso em Curitiba, no Paraná.
Na época do impeachment, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comandava a sessão do Senado, apresentou uma solução permitindo que Dilma mantivesse seus direitos políticos.
Para a filha de Eduardo Cunha, “a decisão do Senado Federal de decretar a perda do cargo de Presidente da República sem a inabilitação para o exercício da função pública viola frontalmente a Constituição da República, não podendo ser considerada apta a conferir capacidade eleitoral passiva à ora candidata Dilma Rousseff para o pleito 2018”.
Ela ainda lembra o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, que teve seus direitos políticos cassados.
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