Erroneamente, Haddad acusa general Mourão de tortura
Vice de Bolsonaro ainda não era militar em caso citado
Camille Dornelles - 23/10/2018 11h53 | atualizado em 23/10/2018 14h20
Nesta terça (23), o candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) acusou o general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro (PSL), de ser torturador. Durante uma sabatina ao jornal O Globo, ele relembrou as afirmações do cantor Geraldo Azevedo de ter sido torturado na ditadura.
– O (Hamilton) Mourão foi ele próprio torturador. Então eu acho que deveria causar temor em todos os brasileiros minimamente comprometidos com a democracia no Brasil – disse o petista.
A acusação, além de grave, apresenta um erro de datas, já que o caso teria acontecido em 1969, quando Hamilton Mourão ainda não havia se alistado no Exército. O general tinha 16 anos na época.
Durante show em Jacobina, Bahia, Azevedo afirmou que foi preso duas vezes durante a ditadura e torturado. Ele apontou o general como um dos torturadores. O cantor depois se desculpou pelo “transtorno” de seu equívoco.
Mesmo assim, Haddad voltou a chamar o vice de “torturador” na sabatina, que confia em Geraldo Azevedo e que o artista não teria motivos para mentir. Ao fim da entrevista, os jornalistas avisaram sobre o erro e o petista respondeu com “entrevista o Geraldo Azevedo”.
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