Henrique Gimenes - 04/09/2018 16h22 | atualizado em 05/09/2018 10h13

A candidata da Rede à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, defendeu, nesta terça-feira (4), que o “estado é laico e tem que continuar laico”. De acordo com ela, é preciso evitar uma “guerra santa” que faz “muito mal para o Brasil”. A afirmação foi dada durante sabatina realizada pelo portal UOL, pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo SBT.

A candidata foi questionada sobre o slogan da campanha de seu adversário na corrida presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), que afirma “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Para Marina, é necessário evitar impor a fé a quem pensa diferente.

– Eu tenho uma fé, sim. Sou cristã da Assembleia de Deus. Já fui católica, fui quase freira, e acho que, num país democrático como o nosso, não se deveria estimular essa guerra santa. Isso está fazendo muito mal para o Brasil – explicou.

A presidenciável também disse que não acha “para ser presidente da República se deva deixar sua fé”. Ela, no entanto, acredita mas algumas pessoas podem ter preconceito com ela por ser evangélica. Durante a sabatina, Marina explicou seu posicionamento é o de manter o estado laico.

– Talvez pelo fato de eu ser evangélica, da Assembleia de Deus, isso crie algum tipo de preconceito das pessoas em relação a mim. Mas na minha trajetória, de 16 anos como senadora, ninguém nunca vai encontrar um projeto, um posicionamento, uma frase que vá contra o estado laico. O estado é laico e tem que continuar laico – ressaltou.

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