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Em entrevista, Bolsonaro diz: “Sou o remédio no momento”

Candidato do PSL à Presidência concedeu sua primeira entrevista em vídeo após o atentado

Henrique Gimenes - 24/09/2018 19h30 | atualizado em 25/09/2018 18h41

O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, concedeu, nesta segunda-feira (24), sua primeira entrevista em vídeo desde o atentado que sofreu. À Jovem Pan, o presidenciável falou sobre o momento em que foi esfaqueado, sobre o agressor, Adélio Bispo de Oliveira, e sobre suas propostas.

Bolsonaro está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, após ser atacado durante um evento de campanha no dia 6 em Juiz de Fora, Minas Gerais. O candidato foi esfaqueado na barriga e precisou ser operado em uma unidade de saúde na cidade. Depois foi transferido para São Paulo. Para o candidato, estar vivo após o atentado é um milagre.

– Aconteceram vários milagres: Primeiro o cara deu a facada e rodou para matar mesmo. Ele sabia o que estava fazendo. Aí vem a conversa que ele já foi açougueiro. Por questão de milímetros não atingiu lugares onde eu não teria como sobreviver (…) Eu pensei primeiro na minha filha de 7 anos de idade, que me inspira na política, e depois na minha família como um todo – explicou.

O candidato foi questionado se achava que seu agressor agiu sozinho, o que foi declarado pelo delegado que investiga o caso, Rodrigo Morais. Para Jair Bolsonaro, mais gente deve estar envolvida.

– Acredito que não. Num ato como aquele, a tendência natural é ser linchado. Então ele foi para cumprir a missão quase na certeza de que não seria, de que teria gente ao lado dele. E pelo que ouvi dizer, a Polícia Civil de Juiz de Fora está bem mais avançada que a Polícia Federal. Porque o depoimento que ouvi do delegado da PF é um depoimento para abafar o caso. Eu lamento o que ouvi; dá a entender que age em parte como uma defesa do criminoso. Eu não quero que inventem um responsável. Dá para apurar o caso – ressaltou.

Jair Bolsonaro se emociona em entrevista à Jovem Pan Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro foi indagado sobre as declaração dadas por seus adversário de que seria um risco à democracia. O presidenciável disse que será um risco aos esquemas políticos deles, já que irá acabar com indicações políticas para órgãos do Governo.

– Não vai ter mais indicação para BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco da Amazônia com esse critério. Isso vai deixar de existir (…) Eu sou um risco àqueles pendurados em estatais do governo. Conversei com o Paulo Guedes e vamos priorizar muitas estatais (…) As que são ociosas todas serão. Agora as que são estratégicas estão fora de cogitação. E mesmo assim, é preciso ver o critério, o modelo para privatizar – destacou.

Ao longo da entrevista, o presidenciável ainda se emocionou com o depoimento de seu filho, Flávio Bolsonaro, sobre como se sentiu quando soube do ataque ao pai. O candidato do PSL também disse que pode não ser o candidato ideal para assumir ao Brasil, mas que ele é o “remédio para o momento”.

– Eu não posso não ser o ideal, nem teremos nunca um ideal, mas acho que o remédio para o momento, tendo em vista os demais candidatos que estamos aí, sou eu. Não tem outro no momento, para buscarmos o ponto de inflexão e fazer uma política de verdade no Brasil. E essa maneira de não aceitar indicações políticas é uma maneira de buscar um resgate da credibilidade de deputados – disse.

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