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Candidatos de SP trocam acusações ao vivo

Réplicas e tréplicas foram cheias de críticas e defensivas

Rose Guglielminetti - 17/08/2018 02h30 | atualizado em 17/08/2018 02h48

Clima de confrontos marcou primeiro debate em SP

Os sete candidatos ao governo do Estado de São Paulo – Marcio França (PSB), Rodrigo Tavares (PRTB), Paulo Skaf (MDB), Marcelo Candido (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Marinho (PT) e Lisete Arelaro (Psol) – “trocaram farpas” e tentaram desqualificar os adversários, apontando suas vulnerabilidades. E claro que a corrupção, saída antecipada de mandato e falhas na segurança e educação foram para o banco dos réus.

João Doria, que lidera as pesquisas de intenção de votos, foi um dos candidatos mais atacados pelos adversários. A maioria o critica quanto à decisão de deixar a Prefeitura para disputar a cadeira mais importante do Estado. Um momento tenso foi quando o tucano e o petista Luiz Marinho estiveram frente a frente. Ao criticar Doria sobre a interrupção do seu mandato e ao falar sobre índices de rejeição, Luiz Marinho acabou trazendo a corrupção para o centro do debate. Ao respondê-lo, o tucano disse que ele encabeça as pesquisas de intenção de voto, enquanto o petista está com baixa pontuação.

– Quero lembrar que o senhor é réu em São Bernardo por causa de um museu que gastou milhões e não terminou a obra. Agora lhe pergunto: Onde está o Lula? Preso em Curitiba por corrupção. Onde está o Zé Dirceu? Com tornozeleira. E os tesoureiros do PT? Preso ou com tornozeleiras, disse Doria.

Marinho, então, rebateu dizendo que o PSDB também tem os seus denunciados por corrupção como Paulo Preto e Lourenço Casagrande – envolvidos em denúncias de corrupção na Dersa e em obras do Metrô de São Paulo. O petista declarou que vai provar sua inocência em relação às denúncias de irregularidades no Metrô.

Márcio França (PSB) também tentou colocar a imagem de Paulo Skaf (MDB) ao presidente Michel Temer, que tem baixa popularidade, segundo as pesquisas. O pessebista chegou a lembrar das malas de dinheiro que pertecem ao ex-ministro de Temer, Gerdel Vieira. Skaf, por sua vez, desconversou e disse que não tem padrinho e que se fez por si mesmo. Evitou falar do nome de Temer.

As pastas de Educação e Saúde foram muito criticadas e, neste caso, ambas atingem Doria e o governo tucano e França, atual governador de SP e que tenta a reeleição. Emprego, transporte e saneamento básico também foram debatidos. Alguns dos candidatos disseram que irão contratar mais professores e policiais, por exemplo, mas não disseram onde vão buscar dinheiro para custear as despesas geradas.

O diretor de Jornalismo da Band, Fernando Mitre, disse que a missão foi cumprida.

– Foi um debate interessante e não faltaram confrontos, disse ele.

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