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Pleno.News - 19/09/2018 16h13 | atualizado em 20/09/2018 10h02

 

“O atentado foi contra todos nós, brasileiros. Não foi contra o Jair Bolsonaro”

Nesta quarta (19) foi a vez do candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM) participar da rodada de debates realizada pela Rádio 93 FM. O objetivo da entrevista é atender as perguntas dos ouvintes da rádio e esclarecer questionamentos e propostas nesta campanha eleitoral 2018.

O Pleno.News também esteve presente e fez suas perguntas a Eduardo Paes, buscando abordar questões preocupantes diante da situação caótica em que se encontra o estado. Paes foi prefeito do Rio entre os anos 2009 e 2016, é formado em Direito, foi também vereador e deputado estadual. Tem liderado com Romário as pesquisas de intenção de voto ao governo do estado. Aos 49 anos, diz que é cristão, já frequentou Igreja Batista, mas hoje é católico. Também acredita que as igrejas têm papel fundamental no equilíbrio da sociedade em prol de menos ódio e menos conflitos políticos.

Na Educação, Paes quer trabalhar em parceria com prefeituras a fim de melhorar o Ensino Fundamental. Ele lembra que em seu trabalho na Prefeitura do Rio, aumentou ações para aumento de reforço escolar, os alunos ficavam mais tempo na escola e havia maior investimento nas escolas.

O que mais Eduardo Paes propõe sobre:

Segurança
É tema prioritário no estado. Quero fazer uma parceria com o Exército para ações específicas, como conflitos entre facções em determinados locais. Sabemos que a Intervenção Militar acaba agora. Se for eleito, vou pedir que, sob meu comando, as Forças armadas continuem trabalhando no Rio. Precisamos da força, preparo e logística que eles possuem, mas sob uma nova estratégia.

Também não vou permitir terceirização de responsabilidade. Atualmente, culpam o Código Penal, culpam os prefeitos etc. Mas a responsabilidade da segurança pública é do governador. E é preciso aumentar o efetivo da polícia, que precisa estar melhor equipada, deve agir com mais inteligência. É inaceitável tantos policiais e inocentes estarem morrendo. Policiais não têm equipamento nem carros suficientes para trabalhar. Quero fazer uma corregedoria independente

Temos disputado os jovens com o crime. Esta molecada está sem emprego e sem oportunidade. Precisam de um conjunto de ações que os livrem de tantos riscos.

Quem me conhece sabe que sou obstinado. Acordo cedo e durmo tarde. Vou lutar. Não posso dizer que em seis meses estaremos em paz. Mas precisamos começar a inverter esta curva

Cidade de Maricá (RJ)
Depois da brincadeira infeliz que fiz, hoje tenho um desafio de priorizar Maricá em meu governo, Até minha mulher me cobra isso. E sei que Maricá tem muita demandas, como o abastecimento de água. É um absurdo que uma cidade da dimensão de Maricá e buscada para veraneio não tenha água suficiente.

Sul Fluminense
Sei que hoje, lugares do interior do estado que eram considerados pacíficos estão repletos de riscos de segurança. O sul fluminense é uma região forte, é a meca do conhecimento, com indústrias, polos universitários. É urgente fortalecer o papel daquela região do estado.

Saúde
O problema da saúde só será resolvido quando o orçamento da saúde for aplicado na saúde. Pela Constituição, 12% do orçamento do estado deveria ser empregado na saúde. Mas hoje temos muito menos que isso.

Saneamento
Não irei privatizar a CEDAE. Quero manter a estatal e estudar as necessidades de cada região. É possível trabalhar com o setor privado sob comando da CEDAE, uma companhia que nunca esteve envolvida com corrupção.

Paes conta ao Pleno.News que foi criado no catolicismo, mas já frequentou a Igreja Batista

Lava Jato
A Lava Jato colocou luz sobre a política e espero que continue cumprindo sua missão. Muitos governantes ficaram expostos e passaram a pagar por seus crimes. Não comemoro prisão de ninguém nem fico feliz com a desgraça alheia, mas todos devem pagar por seus crimes.

Servidores do estado
Vou trazer exemplos de meu governo como prefeito. Pergunte ao bombeiro, ao policial militar, ao professor, como eu fazia. Eles recebiam em dia, tinham metade do 13 no meio do ano, recebiam reajuste anual. E quero que o servidor volte a receber respeito porque nenhum deles é culpado pela situação do estado.

Turismo
Temos uma crise econômica com o turismo doméstico, mas a grande questão é a segurança. Pessoas que fazem turismo ou estão nos visitando a trabalho precisam andar em paz pelas ruas. Mas a imagem que temos hoje é negativa. Como alguém pode passear em Angra dos Reis, se o Exército está lá para combater facções?

Empreendedorismo
O Estado brasileiro faz de tudo para o brasileiro não empreender. Vou ser muito radical. Vou pela via da auto-declaração. O sujeito quer construir, quer fazer uma vistoria de incêndio, quer abrir uma empresa, faz auto-declaração. Também criei a nota eletrônica. Aumento de imposto não terá, como não houve quando fui prefeito. No Rio, precisamos conversar sobre política fiscal e discutir contas e pode ser que a gente consiga diminuir impostos.

Defesa e proteção a favor das mulheres
Há duas ações urgentes. Uma é educativa-cultural, que é fruto de uma ideologia machista. E hoje temos muitas mulheres que estão em cargos de comando que podem ajudar. Pretendemos fortalecer o papel das delegacias da mulher. Infelizmente, vivemos uma realidade dura de altos índices de estupro e violência doméstica.

Deus
Fui criado na Igreja Católica. Mas vivi nos Estados Unidos por um ano em um intercâmbio e lá morei na casa de um pastor batista e até fui batizado na igreja batista. Mas ao voltar ao Brasil, retornei ao catolicismo e costumo orar e buscar Deus.

Ideais
Defendo a família e a vida. Quando a gente governa, governa para todos. Há coisas, porém, que não dá para permitir. Um exemplo é na escola quererem tratar de temas que têm que ser discutidos pela família, em casa. Isso é algo que não admiti na rede municipal e não vou permitir na rede estadual. Sempre defendo a vida, os valores, a família, respeitando a diversidade religiosa e a orientação das pessoas, defendendo minorias. Mas permitindo que as famílias possam ser o centro da ação da sociedade.

Lei Rouanet
Ter política cultural no Brasil é muito bom. Mas creio que é preciso ampliar quem toma a decisão de como a lei Rouanet é utilizada. Incentivo à cultura é sempre importante, desde que não favoreça este ou aquele grupo. Desde que não restrinja à determinado grupo e que não descrimine, seja de um lado, seja de outro. Sou a favor do estado estimulando produção cultural, mas que seja democrático.

Atentado contra Jair Bolsonaro
O atentado foi contra todos nós, brasileiros. Não foi contra o Jair Bolsonaro. Ele é candidato a presidente, um deputado federal, um homem com uma história correta de vida. O Brasil perde com isso, com a forma de tratar qualquer pessoa. E acusá-lo de que ele sofreu isso porque é a favor do armamento é ridículo.

 

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