Camille Dornelles - 25/07/2018 09h26 | atualizado em 25/07/2018 11h32

O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) defendeu, durante uma entrevista ao programa Resenha, da TV Difusora, que “a única chance que Lula tem de sair da cadeia” é se ele mesmo (Ciro) assumir o poder.

– O país está precisando de pulso, de liderança, de autoridade. Você imagina se, com um cabra desse do outro lado (partidos contrários), o Lula tem alguma chance de sair da cadeia? Nenhuma. Só tem chance de sair da cadeia se a gente (PDT) assumir o poder e organizar a casa. Botar juiz para voltar para a “caixinha” dele, o Ministério Público para a “caixinha” dele e restaurar o poder político – defendeu o presidenciável.

APOIO A PETISTAS
O pedetista falou ao portal do Maranhão que é aliado do Partido dos Trabalhadores (PT) e que ficou do lado de Lula e de Dilma Rousseff mesmo após escândalos de corrupção.

– Eu ajudei o Lula por 16 anos sem tirar nenhum dia do período dele e da Dilma. Já zangado, porque eu via as coisas acontecendo, sabia que ia dar problema. Cansei de falar para ele, mas ele não quis ouvir porque ficar no poder muito tempo também tira a pessoa do normal – revelou.

ESTRATÉGIA DO PT
Ao jornalista Itevaldo Júnior, Ciro Gomes também disse que iria revelar a estratégia do PT em anunciar a candidatura do condenado. Segundo o presidenciável, Lula jamais poderá assumir o poder por causa da Lei da Ficha Limpa.

– Vou te dizer o que eles estão pensando: estão cansados de saber que não vão deixar o Lula ser candidato. Pela Lei da Ficha Limpa, que o próprio Lula colocou para valer, quando o camarada é condenado em segunda instância, não importa nem que ele possa ser absolvido numa terceira. Então, eles estão pensando que vão continuar com a candidatura de Lula até setembro, quando o TSE confirmar que ele não poderá se eleger. Aí, ele (Lula) vai apontar alguém em seu lugar – comentou Ciro Gomes.

Nesse contexto, Ciro Gomes afirmou que ele seria a única solução para a liberdade do petista.

A entrevista foi ao ar no Maranhão no dia 16 de julho. Ela também abordou as propostas de governo, economia, coalizão e adversários políticos.

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