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Bolsonaro e Haddad trocam farpas em entrevista ao SBT

Presidenciáveis falaram sobre propostas e acusações na campanha eleitoral

Camille Dornelles - 23/10/2018 09h26 | atualizado em 23/10/2018 09h54

Fernando Haddad e Jair Bolsonaro Foto: Arte/Pleno.News

Na noite desta segunda-feira (22), o programa Conexão Repórter, do SBT, entrevistou os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Em suas falas, os dois candidatos dispararam acusações um contra o outro.

Ao serem perguntados sobre um possível encontro para dialogarem, Haddad afirmou que Bolsonaro “está acostumado a falar com moleque”, mas que estaria disposto a conversar com o militar “se ele pedir desculpas”. Já Bolsonaro, declarou que não há hipótese de conversar com o rival porque “não vale a pena argumentar com esse tipo de gente”.

Outro momento de embate aconteceu ao falarem de riscos à democracia brasileira. Haddad acusou Bolsonaro de ameaçar as instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal. Ele disse que “parece golpismo” e, relembrando as palavras de Fernando Henrique Cardoso, acusou o militar de “cheirar a fascismo”.

Jair Bolsonaro rebateu indagando se “um homem que escreveu o pequeno livro sobre socialismo e que admira Venezuela e regime cubano é democrata”, referindo-se a Haddad.

Veja outras afirmações dos presidenciáveis durante o programa.

ACUSAÇÕES DE FAKE NEWS
– Desconheço que alguém esteja fazendo isso, mas jamais apoiaria. Não apoio nada que seja contrário à Constituição e peço que, se alguém estiver fazendo, talvez até bem intencionado, que pare. Mas duvido que alguém bem intencionado espalharia fake news – declarou Bolsonaro.

ECONOMIA
– Não vou acabar com o Bolsa Família. Há até um projeto do meu vice de dar o 13º para o Bolsa Família. Outra coisa, Petrobras. Acabaram com a Petrobras, que não tem mais sua capacidade produtiva, temos que procurar a iniciativa privada – disse Bolsonaro.

– Das estatais estratégicas, nenhuma vai ser privatizada. Isso que ele (Bolsonaro) está falando de fechar estatais criadas pelo PT é um desconhecimento do Estado brasileiro. A Petrobras, se você for picando e vendendo pedaços, vai perder valor – defendeu Fernando Haddad.

– Me permito mudar de opinião. Tenho reformulado conceitos, como a privatização. O Paulo Guedes fala da taxa de juros, dólar, câmbio e diz que tem como resolver sem aumentar impostos – rebateu Bolsonaro.

FECHAR O CONGRESSO
– Jamais. Eu falei isso há 20 anos, num momento de desabafo. Falei e não nego, mas não existe isso. Me dou muito bem com 90% dos parlamentares – falou Bolsonaro.

DESIGUALDADE
– A divisão é pregada pela esquerda, eles que nos dividiram: brancos e negros, ricos e pobres, gays e héteros, pais e filhos… Nós vamos pregar união e buscar a união. Não existe esse negócio de crime de ódio no Brasil – alegou Bolsonaro.

– Essas minorias tem a parte ativista que destoa da grande maioria. O pessoal LGBT, por exemplo, a maioria vota em mim – afirmou Bolsonaro.

ARMAMENTO
– Respeitar o referendo de 2005 no qual a larga maioria da população votou a favor do porte de armas. Quem trabalhou ao longo da vida combatendo o crime não pode perder o porte quando se aposentar. Por que não pensar no porte de arma de fogo para os caminhoneiros, para combater o roubo de cargas? – ponderou Bolsonaro.

DITADURA
– A esquerda se vitimiza. Ustra prestou um grande serviço ao Brasil. Ele fez parte de um momento da história do Brasil. Ele interrogava as pessoas e buscava retirar grupos terroristas, que existiam muitos – declarou Bolsonaro.

– Bolsonaro fica criando fantasmas de fora para não ter que se explicar dentro – acusou Haddad.

LULA
– Não vai ter indulto. Para esse tipo de crime não tem, foi premeditado. Não apenas o Lula, mas outros que cometeram os mesmos crimes que ele também devem ser presos – falou Bolsonaro.

– Acho ele (Lula) uma voz muito importante. A Justiça, se seguir a trilha da busca de provas e do tratamento isonômico, ele tem toda a condição, no próprio judiciário, de reverter uma sentença que eu acho ser injusta – acusou Haddad.

CORRUPÇÃO
– Eu não me sinto constrangido, quem tem que sentir constrangido são os corruptos. Bolsonaro até outro dia era do PP, o maior partido com escândalos de corrupção do Brasil, supera todos os outros – atestou Haddad.

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